quarta-feira, 30 de abril de 2008

Pequenos comentários

A suposta desavença entre Nilmar e Abel foi mais intriga da imprensa do que qualquer outra coisa. Quanto mais polêmica, melhor para os repórteres.

Alex está pessimista sobre sua recuperação a tempo de jogar no domingo. Guiñazu, otimista que estará em campo. Cada pessoa tem tempo de recuperação e suscetibilidade a dor diferentes, mas que dá vontade de sacudir o Alex e dizer "é a final, sua múmia!", isso dá.

Abel diz que só quem estiver 100% entrará em campo. Que isso não se aplique ao Guina. Esse a 50% tem mais vontade do que alguns a 100.

Superstição pouca é bobagem. Aparentemente o time vai entrar todo de branco mais uma vez. Esqueceram que a Libertadores foi ganha com a vermelha? Mas se isso for melhorar o psicológico dos jogadores, tá valendo.

O presidente dos da azenha declarou que é Juventude desde criança. Deve ser por isso que o time que ele dirige anda tão mal, já que ele torce pra outro!

domingo, 27 de abril de 2008

Juventude 1x0 Internacional

Fernandão Esse só foi mais um jogo bem típico da história recente entre Inter e Juventude. Foi um jogo não muito bom tecnicamente, com poucas chances reais de gol e que, numa infelicidade, acabou vencido pelo Juventude.

O Internacional começou bem, teve suas chances, mas não conseguiu converter em gols as poucas chances que teve. E, para piorar, Abel tirou a referência que era Nilmar para colocar Iarley. Nilmar pode não ter feito muito, mas é sempre chance de alguma jogada positiva para o Inter. Pode fazer um gol, conseguir uma expulsão do adversário ou até um pênalti. O que fez Iarley que Nilmar não poderia ter feito? Sua substituição só se explica se foi por cansaço.

Depois da ausência de Nilmar o Inter parou de atacar quase que por completo. Resolveu reter mais a bola, passar o tempo. Grande erro. O Juventude já provou que sabe jogar no contra-ataque, então, chamá-los para fazer exatamente o que querem é burrice.

Burrice também foi a expulsão de Titi, que também teve efeito negativo nos outros jogadores e no esquema. Aquela jogada, além de extremamente feia, foi muito perigosa. Se ele chega a acertar o adversário, teria, facilmente, quebrado a perna dele. Jogadas assim estão ficando mais comuns no time do Inter, o que me preocupa muito. Daqui a pouco seremos taxados como um time violento. Mostrar vontade não é o mesmo que sair distribuindo chutes pra onde aponta o nariz.

Clemer errou muito nessa partida. O placar poderia ter sido maior para o Juventude, pois em dois momentos cruciais o goleiro não achou a bola, dando perfeitas condições para o adversário marcar.
Magrão não foi bem como se espera dele, devido à ótima fase que vinha tendo. Andrezinho não confirmou a boa atuação que teve contra o Paraná e esteve bem apagado, talvez até pela marcação forte sobre si.
O contraponto foi Danny Morais, que entrou bem, fez seu trabalho e protagonizou a melhor chance de gol que o Internacional teve na partida quando, depois de uma cobrança de falta de Bustos, cabeceou para a bela defesa do goleiro do Juventude.
Orozco também merece ser mencionado. Ele é bastante criticado a cada jogo mas fez uma partida sem erros nesse domingo.

E, no finalzinho, o desastre. Fernandão, que não vinha muito bem, resolveu reter a bola para passar o tempo. Perdeu para dois marcadores que sairam em disparada e, no contra-ataque, o Juventude fez o gol. Mas também não se pode largar a derrota no colo do capitão. Ele perdeu a bola, sim, mas foi uma fatalidade e não sinônimo de ruindade. Assim como Magrão perdeu a bola no último jogo contra o mesmo Juventude e que resultou no primeiro gol do adversário.

Aliás, esse jogo me lembrou muito o primeiro jogo entre os dois times no Gauchão desse ano. Um Inter meio sem vontade, apático. Pode até ter sido reflexo do pouco tempo de descanso que os jogadores tiveram.

É um resultado infeliz, mas reversível. Seria mais se o adversário não fosse o Juventude, mas há de se tratar o time da Serra como qualquer outro. E precisamos dar todo o apoio possível aos jogadores para que possamos reverter esse resultado e ganhar o título.




Juventude 1x0 Internacional
Michel Alves; Hélder, Márcio Alemão, Nunes e Elvis; Renan (Hércules), Juan Peres, Lauro (Maicon) e Leandro Cruz (Márcio Goiano); Mendes e Ivo.
Técnico: Zetti.
Clemer; Índio, Orozco, Marcão; Bustos, Danny Morais, Magrão, Andrezinho (Adriano, 34min50seg2ºt) e Ji-Paraná (Titi, 18min2ºt); Nilmar (Iarley, 18min2ºt) e Fernandão.
Técnico: Abel Braga.
Gol: Maicon (J), aos 47min50seg do segundo tempo.
Cartões amarelos: Orozco, Ji-Paraná, Marcão (I), Márcio Alemão (J). Expulsão: Titi (I).
Arbitragem: Leonardo Gaciba, auxiliado por Marcelo Barison e Paulo Ricardo Conceição.
Renda: R$ 227.800,00. Público: 13.385. Local: Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul.

sábado, 26 de abril de 2008

Volta à realidade

Depois daquela coisa extraordinária que foi o "day after" da vitória sobre o Paraná, voltamos à realidade de ter que enfrentar a final do Gauchão. O grupo precisa ter a mesma gana de vencer que teve contra o Paraná, mas se concentrar apenas no Juventude.

Há dúvidas e mais dúvidas quanto ao time que entra em campo no domingo. Alex ainda não está totalmente recuperado. Orozco sente dores no joelho, mas não deve ser desfalque.

Gaciba apita a primeira partida da final; Simon, a segunda. Nada mais óbvio do que ter os dois melhores árbitros do estado (quiçá do país) apitando o momento máximo do futebol do Rio Grande do Sul. Mas como o óbvio é, geralmente, o que não se faz... Os dois são passíveis de erro, é lógico, mas há algo de reconfortante em saber que a arbitragem será a melhor possível nas duas partidas.
Os erros dos árbitros estão, cada vez mais, sendo usados como válvulas de escape para resultados negativos. Muitas das vezes há uma interferência real de um erro no resultado final de uma partida, mas isso não pode ser a principal tecla a se bater e esquecer do resto.
Os erros acontecem, para ambos os lados, em todas as partidas. Ora a equipe x sai beneficiada, outra a y. Querer dizer que todos os erros contra são conspiração ou perseguição é desculpa esfarrapada ou paranóia.

Quanto ao próximo adversário na Copa do Brasil, continua tudo em aberto. O empate sem gols entre Palmeiras e Sport dá uma ligeira vantagem para o time paulista, que sai classificado se empatar com gols no Recife.
Houve declarações saídas do Beira-Rio sobre esperar que o Palmeiras seja o próximo adversário. Isso me parece algo como o que fizeram com o Juventude. Ou seja, tentam motivar o Sport a fazer o "serviço sujo" de eliminar o Palmeiras. Se parece ter dado certo uma vez, porque não pode dar de novo?
O Inter joga a corda. Os outros se enforcam se quiserem.

Já que Bustos provavelmente desfalcará o time em muitas oportunidades esse ano, devido às eliminatórias para a Copa de 2010, o Internacional contratou um novo lateral-direito, Ricardo Lopes. O jogador falou sobre suas características: "Sou bem mais um jogador que ataca do que marca. Os treinadores costumam me colocar mais à frente. Mas claro que depende da forma de jogar da equipe. Também gosto da bola parada".

Novo reforço no Beira-Rio: Ricardo Lopes
Nome: Nelson Ricardo Lopes
Nascimento: 18/03/1977 (Jaú-SP)
Peso: 76 quilos
Altura: 1m83cm
Posição: lateral-direito
Clubes: Paulista de Jundiaí-SP, XV de Jaú-SP, Portuguesa de Desportos-SP, Ituano-SP, Flamengo-RJ, São Caetano-SP e Sertãozinho-SP

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Internacional 5x1 Paraná

E não foi que, com Andrezinho, a gente nem sentiu falta do Alex? Histórico. Mágico. Loucura. Adjetivos aparecem por todos os lados mas ainda não inventaram uma palavra adequada para descrever o que foi esse jogo. Em menos de 5 minutos, já havia acontecido de tudo e mais um pouco!
Foi um jogo para testar a fé da torcida e a perseverança dos jogadores, e podemos dizer que os dois lados deram conta do recado. A torcida cantou o tempo todo, apoiou e não esmoreceu nunca. Os jogadores correram, cansaram, atacaram e, acima de tudo, marcaram o adversário e também os tão necessários gols.

Não há como explicar a sensação de saber que, aos meros 45 segundos de jogo, há um jogador no chão, desacordado, em uma colisão com um próprio companheiro de time. E uma chance clara de gol para o adversário como conseqüência desse choque. Ainda sob o trauma de ver Jonas saindo do estádio de ambulância, os jogadores do Inter perdem a concentração e acontece o improvável, o impensável, o indigesto gol do Paraná. Aos dois minutos do primeiro tempo, o time que precisava fazer 3 toma um gol e agora precisa de 4. Sei de gente que só ficou sabendo o resultado pela manhã, ao ler o jornal, pois desligou o rádio nessa hora.
Mas acontece que, como já dizia o poeta, o jogo só acaba quando termina. Logo aos 5 minutos, Andrezinho quebra seu jejum de gols pelo Colorado, prova que tinha razão quando disse que ia marcar na hora mais importante, e abre alas para o que viria a seguir.
Um jogador do Paraná expulso. Índio marca o segundo. Outro jogador do Paraná expulso, mas dessa vez Sidnei o acompanha. Pra não perder as contas: Inter com 10, Paraná com 9. Placar: 2x1. No final do primeiro tempo, lá vem Andrezinho de novo e coloca o Internacional no limiar da felicidade fazendo o 3° gol. Faltava só um.

Ao ir pro vestiário, o consenso era de que o time precisava se acalmar. Estava correndo muito, e quase ninguém ficava no campo de defesa. No finzinho do primeiro tempo quase levou um gol por esse motivo.
Mas essa noite estava predestinada a entrar para a história. Segundo tempo, o Inter volta mais calmo, como pedia o técnico e o goleiro Clemer, que se sentia abandonado lá atrás. Nesse momento, o Paraná atacou mais, voltou bem melhor do que estava na etapa anterior. No entanto, seus ataques eram improdutivos. E aos 18 minutos a angústia e a agonia de estar tão perto e ainda tão longe da classificação se desfez quando Magrão finalizou de forma maravilhosa um cruzamento milimétrico de Andrezinho. Já seria um gol para lembrar pela beleza, não fosse a grandiosidade de seu significado. A diferença de 3 não era parte só dos sonhos e previsões dos torcedores. Ela estava ali, concreta, paupável, existente.

Administrar a vantagem tornou-se o principal objetivo então, pois o desgaste da equipe era visível, principalmente de Índio, que precisou ser substituído, e de Orozco, que mal se agüentava em pé. Nesse momento o jogo tornou-se mais dramático ainda. Conseguir a façanha de sair perdendo, virar o jogo, fazer o saldo de 4, diferença de 3, e tomar um gol perto do final da partida não seria um banho de água fria, seria como ser engulfado por um iceberg. Uma bola na trave defendida por Clemer fez a torcida parar de respirar por alguns segundos, mas ela logo tomou fôlego para poder gritar gol novamente. Depois de uma arrancada num contra-ataque de Nilmar e do pênalti nele cometido, Fernandão, o capitão do mundo, cobrou a penalidade de forma segura e terminou de escrever a história com o 5° e derradeiro gol do Internacional na partida.

É difícil falar de técnica num jogo como esse. Não só pelo fato de não ter visto o jogo ao vivo, só ouvido. E não havia como prestar atenção aos detalhes no tape passado logo após a partida. Mas com certeza pode-se destacar a participação primorosa de Andrezinho, a garra e força de Índio e Magrão, a liderança e calma de Fernandão, a vontade de Nilmar, a atuação segura de Clemer... Até mesmo Iarley, que nem entrou em campo, pode ser considerado destaque, pois incentivou e deu instruções como um técnico à beira do campo. Todos os outros que estiveram ou não em campo nessa noite tiveram uma ponta de responsabilidade por esse resultado. Mostraram que queriam ganhar e que acreditavam uns nos outros e em si mesmos. Dessa forma escreveram mais uma página da história do clube.

Houve muita reclamação do lado do Paraná sobre a arbitragem. Não se pode querer explicar e creditar a vitória do Internacional a arbitragem. Isso foi só uma horrível tentativa de querer explicar o inexplicável. Erros existiram, para ambos os lados, mas isso é parte do futebol. Houveram erros grotescos também na arbitragem da partida em Curitiba, que poderiam ter mudado completamente a cara daquele jogo, mas como eram a favor deles, não se ouviu coisa alguma sobre eles.

A festa ao final da partida foi linda e a vontade de estar lá era imensa. Os jogadores agradecendo a torcida pelo apoio foi certamente gratificante para os mais de 41.000 colorados presentes. Fernandão cruzou o campo inteiro para aplaudir aqueles que estão acostumados, eles, a aplaudir suas belas jogadas.

É difícil, após algo que só pode ser classificado como épico como foi essa partida, focar na final do gauchão, mas tenho certeza de que essa vitória eletrizante vai servir muito bem para motivar os jogadores a continuarem a nos proporcionar momentos de pura alegria. É gratificante para eles tanto quanto é para nós.
Agora é o Juventude e domingo já tem guerra de novo. O cansaço e os desfalques vão jogar contra nós, mas a gente já provou que as dificuldades edificam.

Uma pedra do sapato a gente já tirou.




Internacional 5x1 Paraná
Clemer; Índio (Titi, 25min2ºt), Orozco e Marcão; Bustos, Jonas (Sidnei, 2min30seg1ºt), Magrão, Andrezinho e Ji-Paraná (Adriano, 26min40seg1ºt); Nilmar e Fernandão.
Técnico: Abel Braga.
Fabiano Heves; Daniel Marques, Luiz Henrique e João Paulo; Ângelo, Jumar (Cristian), Léo, Giuliano (Clênio), Everton e Joélson; Fábio Luiz (Goiano).
Técnico: Paulo Bonamigo.
Gols: Fábio Luiz (P), aos 3min45seg do primeiro tempo, Andrezinho (I), aos 4min45seg do primeiro tempo, Índio (I), aos 31min50seg do primeiro tempo, Andrezinho (I), aos 41min40seg do primeiro tempo, Magrão (I), aos 18min30seg do segundo tempo, Fernandão (I), aos 48min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Bustos, Marcão (I), Léo, Daniel Marques, Éverton (P). Expulsões: Ângelo, Joélson (P), Sidnei (I).
Arbitragem: Wagner Tardelli Azevedo (SC), auxiliado por Dibert Pedrosa Moisés (RJ) e Claudemir Mafessoni (SC).
Renda: R$ 361.091,00. Público: 41.837 (38.263 pagantes). Local: Beira-Rio.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Que azar!

O que fazer sem Guina? Já está ficando desesperadora essa situação de, a cada dia que passa, perdermos nossos jogadores. Baixou a urucubaca no Beira-Rio e parece que não vai embora! Sim, o forte do Internacional esse ano é o grupo, muito qualificado, em que os substitutos não necessariamente acarretam em perda de qualidade. Mas é muito azar que o time idealizado para ser o titular não tenha jogado sequer uma partida junto até agora.

As notícias não param e não são nada boas: Guiñazu pára por completo por 10 dias! Depois mais 10 de fisioterapia. Ou seja, está fora da partida decisiva contra o Paraná e também das finais do gauchão. Alex sente dores. Poucas mas que encomodam. Não deve entrar em campo na quarta mas pelo menos não deve desfalcar o time nos jogos com o Juventude. E agora parece que a lesão que Índio sentiu na partida contra o Caxias também pode tirá-lo do jogo! Talvez a menor perda dentre os três seja Índio, já que Sidnei é um bom zagueiro e vinha sendo titular. Para o lugar de Alex, o óbvio seria escalar Andrezinho. Não tem a mesma qualidade mas teria qualidade o suficiente para entrar e não comprometer. Guina era o guerreiro que nos restava, já que Edinho está fora também. Sem ele, perde-se no quesito vontade e qualidade. E para ele, não há substituto parecido. Ji-Paraná, que entrou em seu lugar na semifinal, não tem condições de jogar 90 minutos pois ficou parado 5 meses. Uma lástima.

Agora que estávamos ficando felizes, com a volta de alguns lesionados como os próprios Andrezinho e Ji-Paraná, e também Jonas, e com a volta aos exercícios físicos de Renan, ficamos privados de nossos dois melhores jogadores.
Resta torcer para que eles se recuperem logo e que o time seja capaz de superar as adversidades sem eles.

domingo, 20 de abril de 2008

Internacional 2x1 Caxias

Alex comemora com a torcida E confirmou-se a expectativa: Internacional, finalista do Gauchão.
O time melhorou muito sobre o que mostrou tanto em Caxias, domingo passado, quanto em Curitiba, na quarta-feira. Pudera, Abel deixou de brincadeira e recompôs o meio escalando Jonas e tirando Iarley. Houve até especulações de que seria Bustos o sacado, para que Iarley seguisse titular, mas Abel mostrou que consegue não ser teimoso se tentar.

Sobre o jogo, pode-se dizer que Alex mostrou porque é considerado o melhor jogador em atividade no país na atualidade. Pode até parecer meio apagado em certos momentos, mas quando aparece mostra a que veio. O primeiro gol surgiu de jogada dos três melhores jogadores do Inter no momento: Magrão lançou para Guiñazu que, quase em cima da linha de fundo, cruzou para um chute de primeira e certeiro de Alex. Um lindo gol. O segundo passou pelos pés de Magrão novamente, do capitão Fernandão e novamente culminou com o belo chute de Alex.

Jonas e Titi entraram e deram conta do recado; Fernandão, recuperado de lesão, vem mostrando melhoras visíveis e já provou que sua presença é importantíssima para o time; falar de Guiñazu é chover no molhado. O argentino é um ótimo jogador, que talvez só precise refrear seus ímpetos um pouco. Vem fazendo algumas faltas mais pesadas e tomando cartões bobos.
Nilmar ainda não rendeu aquilo que se espera dele, mas vem mostrando evolução. Já foi bem mais perigoso na partida de hoje do que em todas as outras que participou desde que voltou da lesão. Isso também se explica pelo fato de, dessa vez, os passes virem pelo chão e não pelo alto.

O saldo negativo da partida foram as lesões de Alex e Guiñazu. A de Alex parece que foi só o susto, mas Guina pode ter um problema mais sério no joelho. Sua ausência pode prejudicar e muito o rendimento do time, pois não há substituto para ele.
Abel fez sábias substituições, dadas as circunstâncias. Visto que foi obrigado a tirar Alex e Guiñazu por contusão, colocou em campo Andrezinho e Ji-Paraná, que entraram bem. Porém, a substituição de Nilmar por Iarley foi explicitamente por querer colocar o cearense em campo, já que o ideal seria que Nilmar ficasse para continuar pegando ritmo. Além disso, a troca não trouxe benefício algum, talvez até algum prejuízo, já que com Nilmar em campo havia sempre a possibilidade de faltas frontais e de contra-ataques.

O gol do Caxias não foi exatamente uma falha de Clemer, mas também não há como eximir totalmente o goleiro de culpa. No primeiro lance, quando a bola bate na trave, Clemer teria condições de defender, mas preferiu acompanhar para ver a bola sair, o que não aconteceu. E no rebote da trave, a zaga estava toda fora do lugar e não havia marcação alguma sobre Flávio Guilherme. Como se vê, o sistema defensivo do Inter tem defeitos que vêm se repetindo há um bom tempo e que, aparentemente, não têm solução enquanto os jogadores em campo forem esses.

Na outra semifinal, o Internacional, de Santa Maria, não conseguiu confirmar a vantagem e perdeu para o Juventude por 4x2. Sendo assim, mais uma vez enfrentaremos o time da Serra nesse campeonato. O Juventude melhorou a olhos vistos nas mãos do Zetti, mas há de se convir que o Inter tem todas as condições de ganhar esse título, é só não se apavorar ao ver a camiseta verde pela frente.

As datas das finais ainda não foram confirmadas pela FGF, mas provavelmente serão dia 27/04, próximo domingo, em Caxias, e no domingo seguinte, dia 04/05, em Porto Alegre.

Agora a pausa é no campeonato gaúcho. Voltamos à Copa do Brasil e à dificílima tarefa de eliminar o Paraná. Difícil mas não impossível. Marcar 3 não vai ser o problema, e sim marcar os dois primeiros gols. Depois disso, deslancha. Vamos acreditar e largar dessa história de touca, que isso, além de idiota, não ajuda em nada.




Internacional 2x1 Caxias
Clemer; Índio, Orozco e Titi; Bustos, Jonas, Magrão, Alex (Andrezinho, 7min2ºt) e Guiñazu (Ji-Paraná, 25min30seg2ºt); Nilmar (Iarley, 21min15seg2ºt) e Fernandão.
Técnico: Abel Braga.
Juninho; Marília, Cuca (Terrão) e Cris; Gustavo, Tiago (Marquinhos), Júlio César, Rodrigo (David) e Aélson; Flávio Guilherme e Kempes.
Técnico: Gilson Kleina.
Gols: Alex (2, I), aos 19min50seg do primeiro tempo, aos 27min40seg do primeiro tempo, Flávio Guilherme (C), aos 33min40seg do segundo tempo.
Cartões amarelos: Guiñazu, Bustos (I), Aélson, Júlio César, Tiago, Cris, Marquinhos (C).
Arbitragem: Márcio Chagas da Silva, auxiliado por José Franco Filho e Júlio César Santos.
Público: 35.529 (30.697 pagantes e 20.020 sócios). Renda: R$ 405.373,00. Local: Beira-Rio.

sábado, 19 de abril de 2008

As voltas e as vindas

Sorondo: ainda sem data pra voltar Aos poucos, jogadores que estavam de fora por motivos diversos vão voltando ao grupo. Para o jogo contra o Caxias, Andrezinho, Jonas e Ji-Paraná já vão fazer parte da concentração. Fernandão não foi confirmado, mas deve ao menos participar da partida, se não jogá-la por completo.
No entanto, aquele que a maior parte da torcida mais quer ver jogando ainda não tem data certa para a volta: Sorondo. O mais provável é que volte somente para o começo do Campeonato Brasileiro, mas especula-se que possa voltar antes. Seria perfeito se pudesse voltar semana que vem, no jogo contra o Paraná, mas é uma possibilidade remota.
Os que contraíram hepatite estão prestes a voltar a fazer trabalhos físicos, mas ainda não há data para suas voltas.

Sobre contratações: o atacante Leandrão foi contratado mas só deve ter condições físicas para atuar a partir de agosto. Vem com contrato até janeiro de 2009.
Também divulgou-se que o clube pretende contratar um volante e dois laterais para o Brasileirão, mas ainda não há nomes cogitados.

Devagar, o Inter se reestrutura.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Paraná 2x0 Internacional

Nem Guiñazu se salvou Tudo errado. Isso resume o time do Inter, o jogo, o resultado em Curitiba.
O time inteiro estava muito ruim, com exceção, talvez, de Índio e Bustos, que não comprometeram. Orozco vinha razoavelmente bem até criar a jogada para o segundo gol do Paraná. De resto, nem Alex e Guiñazu se salvaram (apesar do Guinãzu sempre se redimir por nunca desistir de uma jogada e estar em todos os lugares pra disputar a bola, é incrível!). E a culpa por isso recaí quase que totalmente em Abel Braga, que escalou e posicionou mal a equipe e, ainda por cima, conseguiu fazer substituições piores ainda. O típico "a emenda ficou pior do que o soneto". A única coisa que poderia ter sido feita e que talvez surtisse efeito positivo eram os passes no chão para Nilmar, mas houve uma insistência burra em passes pelo alto. Além disso, Nilmar ainda não pegou o ritmo de jogo e não está conseguindo jogar bem.

Perder por um gol era totalmente reversível. Agora, fazer diferença mínima de 3 já é uma tarefa bem difícil. Não vou ser como outros colorados que conheço e já me dar por vencida, mas que será uma tarefa hercúlea, isso será.

Nada justifica que o Internacional perca de dois gols para o Paraná. Sem querer desmerecer a equipe paranaense, o Internacional tem, sem dúvida, uma equipe melhor estruturada e com jogadores de maior qualidade. Também não acredito que a retrospectiva entre Paraná e Inter tenha afetado os jogadores. O que, então, deu errado? É lógico que o Inter vai perder, eventualmente, mas como a derrota acontece é que temos uma visão dos problemas e o que deve ser melhorado. No jogo dessa quarta, o que se viu é que Abel é uma pessoa criativa. Já tinha demonstrado isso no último jogo e o resultado tinha sido favorável. O problema é que ele inventou demais contra o Paraná. Roger e Alex em lados inversos? Pra quê? Aliás, Roger em campo? Pra quê? Tá na hora do Abel entender que a torcida se irrita não com ele ter idéias e colocá-las em prática, mas sim quando ele acha que qualquer besteira que ele inventar vai dar certo.

Agora acende a luzinha vermelha, mostrando que por melhor que os torcedores e o próprio Inter se ache, ainda há muito o que melhorar. Abel precisa frear seus impulsos de criatividade e mudar as coisas aos pouquinhos. Tudo de uma vez agora não dá certo.

Espero que o jogo de domingo seja diferente. Pelo menos já entramos com alguma vantagem, que só precisa ser confirmada. Não se pode, de maneira alguma, deixar o resultado de Curitiba afetar o rendimento do grupo. O foco tem que estar no Gauchão e no Caxias. No Paraná, pensa-se a partir do fim da partida de domingo.


Dados do jogo
Paraná (2): Fabiano Heves; Daniel Marques, João Paulo e Luis Henrique; Ângelo (Goiano), Léo, Jumar (Beto), Giuliano e Everton; Joelson (Glêmio) e Fabio Luis. Técnico: Bonamigo.

Internacional (0): Clemer; Bustos (Nilmar, 30min30seg2ºt), Índio, Orozco e Marcão; Magrão, Guiñazu, Roger e Alex; Iarley (Adriano, 20min2ºt) e Nilmar (Tales, 32min30seg2ºt). Técnico: Abel Braga.

Gols: Ângelo (P), aos 5min do segundo tempo, Fábio Luiz (P), aos 36min do segundo tempo. Cartões amarelos: Nilmar, Magrão, Guiñazu (I), Jumar, João Paulo, Glênio (P). Público: 9.025. Renda: R$ 121.784,00. Arbitragem: Sérgio da Silva Carvalho (DF), auxiliado por Marrubson Melo Freitas (DF) e Fabricio Vilarinho da Silva (GO). Local: Estádio Durival Britto, em Curitiba.


Agora, só um comentário completamente sem relação ao jogo: um dos pseudo-jogadores da azenha declarou que nunca jogaria no Inter. Exatamente. Porque ninguém no Inter seria idiota o bastante para sequer cogitar contratar um cabeça-de-bagre desses. Então, ótimo pra ele, melhor ainda para o Inter, que nunca ia ter alguém tão ruim vestindo a nossa linda e sagrada camisa. Vê se te enxerga, Eduardo Costa!

domingo, 13 de abril de 2008

Caxias 0x1 Internacional

Ufa! Foi um jogo muito nervoso para o torcedor mas que acabou em festa merecida, pela garra e determinação. E foi bem legal ver a comemoração dos jogadores em campo, todos bastante contentes com o empenho da equipe. Magrão definiu bem o sentimento: "Isso é Inter, é o time do povo".

Jogadores comemoram o gol de Alex
Levou um certo tempo pros jogadores se encaixarem no novo sistema de jogo, por isso o primeiro tempo foi o pior. Na volta do intervalo o time estava mais acostumado e melhorou bastante. Prova disso foram as atuações de Alex e Guiñazu. Ambos fizeram um primeiro tempo sofrível mas foram destaques do segundo. Magrão fez mais uma boa atuação e dessa vez nem Orozco comprometeu. Além disso, Bustos se saiu muitíssimo bem fazendo uma função a qual não está acostumado.
O destaque vai para Adriano, que entrou no lugar de Fernandão. Fez algumas firulas mas acertou em cheio e foi decisivo ao cruzar a bola para o gol de Alex, aos 46 do segundo tempo.
O ponto não tão bom do jogo foi que Nilmar ainda não está no seu melhor ritmo e não foi muito bem. Porém mostrou muita vontade e até tirar bola de cabeça na área do Inter ele fez.

A expulsão de Marcão pode até ter sido dentro das regras, mas me parece extremamente injusta e aleatória. Não tanto pelo segundo cartão, que foi merecido, mas pelo primeiro que poderia ter sido dado para qualquer outro jogador, já que a explicação para ele ter sido dado foi a seqüência de faltas do time e não do jogador. Agora há mais uma posição que vai precisar de reposição para o próximo jogo.
O esquema ofensivo de Abel não foi exatamente um problema mas com a expulsão aos 27 minutos fica difícil avaliar se deu certo mesmo ou não. Alguns disseram que o time melhorou quando ficou com um a menos, mas é impossível dizer o que teria acontecido caso Marcão não tivesse sido expulso.

Agora é colocar o Caxias de lado por uns dias e se concentrar no Paraná e na Copa do Brasil. Vem mais uma partida complicada por aí. Mas confio na nossa vontade e competência para conseguir passar pelos paranaenses.

Dados do Jogo
Caxias (0): Juninho; Cuca, Marília e Cris (Neilor); Gustavo, Júlio César, Tiago, Terrão e Aelson; Rodrigo (Valdir) e Kempes. Técnico: Gilson Kleina.

Internacional (1): Clemer; Bustos, Índio, Orozco e Marcão; Magrão, Guiñazu, Fernandão (Adriano, 8min2ºt) e Alex; Nilmar (Roger, 18min2ºt) e Iarley (Titi, intervalo). Técnico: Abel Braga.

Gol: Alex (I), aos 47min do segundo tempo. Cartões amarelos: Marcão, Alex , Magrão, Guiñazu (I), Marília, Tiago, Gustavo, Cuca (C). Expulsão: Marcão (I). Arbitragem: Leandro Vuaden, auxiliado por Marcelo Barison e Paulo Ricardo Conceição. Local: Estádio Centenário, em Caxias do Sul.

sábado, 12 de abril de 2008

Pensando melhor...

Talvez seja essa a hora de testar o esquema "faceirinho". Se não for agora, vai ser quando? Na Copa do Brasil? No Campeonato Brasileiro? Na Sul Americana? Não, tem que ser no Gaúchão, mesmo.
Só que talvez fosse melhor ganhar o primeiro jogo e deixar pra fazer invenção no jogo de volta. Ou não... já vimos que saldo não é garantia de passar de fase.
Afinal, existe hora certa de fazer testes? Só resta torcer pra sair tudo certo.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Sorondo quase de volta

Sorondo A ótima notícia dessa quinta foi a volta aos treinos de Sorondo e Ji-Paraná, depois de ficarem fora por 4 meses. Principalmente do zagueiro uruguaio, que está fazendo muita falta no time. Com ele lá atrás, esse negócio de time com 3 atacantes não seria lá tão temerário.
É bom ver alguns jogadores voltando, já que as perdas no grupo estão se tornando uma constante. Agora é a vez de Wellington Monteiro deixar o time por lesão. Torceu o tornozelo e deve ficar fora por 3 meses.
Mandar benzer o Beira-Rio deveria estar nos planos imediatos da diretoria.

Outra notícia do dia foi a definição das datas das oitavas-de-final da Copa do Brasil. O sorteio decidiu que o primeiro jogo será em Curitiba, já na próxima quarta-feira, dia 16/04. O jogo de volta, no Beira-Rio, será dia 23.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Ainda sobre a Bergamota

Já tinha mencionado. Agora, tendo comprado a revista (aliás, como as revistas estão caras!), posso fazer um comentário mais "aprofundado" sobre a matéria.
Primeiramente, fiquei meio desapontada pois foi escrita pelo Leandro Behs, que é jornalista da RBS e escreve quase que diariamente para a Zero Hora, portanto foi um gaúcho que cunhou o mais novo apelido, e não um carioca ou paulista como eu achava. Porém, condiz com a conduta dos nosso jornalistas e repórteres, que têm essa mania de serem críticos demais com o Colorado.
A reportagem fala sobre a origem do apelido carrossel, dos motivos para jogar assim, mas parece se pautar primariamente em querer ressaltar que há falhas no sistema, que há maneiras de superá-lo e já projeta quais times teriam mais chance de bater o Internacional.
A capa da revista diz ser o esquema tático mais engenhoso dos últimos tempos. O grifo é meu. Aqui "engenhoso" pode ser lido tanto quanto um elogio quanto um termo pejorativo, depende de como se olha.
Apesar de tudo, ainda é uma reportagem interessante de ler.

Seguem trechos que ficaram um tanto cômicos depois da semana passada:

Casca-Grossa
O Internacional brilhou no início de 2008, mas foi o Grêmio que garantiu antecipadamente a melhor campanha da primeira fase do Gauchão. O Inter encantou o país, contudo foi o Grêmio quem teve a maior invencibilidade entre os grandes brasileiros (15 jogos pelo Gauchão e Copa do Brasil até quarta-feira, 28 de março). O curioso é que o Tricolor conseguiu tudo sem agradar a si próprio. (...) Quando o Grêmio responder a maior parte dessas questões, será possível dizer se há um espremedor aguardando uma certa bergamota colorada...

Tirando o fato de que terminaram uma reportagem sobre o Inter falando dos da Azenha, essa passagem é respondida com um simples "não a curto prazo".

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Ataque e bergamota

Nilmar Nilmar volta e torna-se um problema? Quem sai para que ele possa entrar? O óbvio seria voltar ao time de Dubai, com Iarley indo para o banco. Mas será que o Abel vai se contentar com o óbvio? O próprio Iarley já manifestou a vontade de ver o time com três atacantes. Com todo o respeito ao melhor jogador do Inter na final do Mundial de 2006, isso não é hora pra fazer testes. A única vez em que a formação Fernandão-Iarley-Nilmar entrou em campo foi em novembro de 2007, contra o Vasco. O resultado foi favorável, mas já passaram-se 5 meses e muita coisa mudou. Especialmente a zaga. No jogo contra o Vasco ainda tínhamos Sorondo. Como administrar um time "faceirinho" como esse com uma zaga que vem se provando pouco confiável como a do Inter? Além disso, essa formação muito provavelmente acarretaria na saída de Bustos, o que, convenhamos, não é o que a torcida quer.
O ideal seria, então, que até a volta de Sorondo, Abel se decidisse pela formação de Dubai, que já não tinha Edinho. Wellington Monteiro permanece no meio, Bustos na lateral direita e troca-se apenas um atacante pelo outro.
Lógico, essa discussão só é válida se Nilmar for mesmo confirmado como titular. Se Abel decidir-se por mantê-lo no banco, a discussão muda: afinal, Nilmar está em condições de jogar uma partida inteira ou não? Se sim, por que o treinador o deixaria de fora do time?
Essas e outras perguntas provavelmente só serão respondidas no domingo, às 4 da tarde, quando o Inter entrar em campo para enfrentar o Caxias.


Laranja Mecânica: Seleção Holandesa de 1974
Soube que a Placar publicou um artigo sobre o esquema tático do Internacional e apelidou o já apelidado "carrossel" de "bergamota mecânica", em referência à Laranja Mecânica, apelido da seleção holandesa da copa de 1974. Enquanto pode ser apenas uma gracinha sem graça do autor do artigo, não consigo deixar de ver um certo desdém por trás dessa adjetivação. O fato de terem feito um extenso artigo sobre a forma de jogar do time é algo a se elogiar, mas as invencionices de apelidos é algo dispensável. Rotular, além de inútil, é falta de educação.

domingo, 6 de abril de 2008

Gauchão: a lição

Quando decidi começar o blog, também decidi falar o menos possível sobre os da Azenha, mas hoje isso tornou-se inevitável.
A derrota que eles sofreram hoje e que resultou na desclassificação da matriz pela filial era tida como impossível, irreal. Pois aconteceu. Eles 2x3 Juventude. Em Porto Alegre.
A torcida colorada se dá o direito de rir, fazer piadas e ficar aliviada pois, mesmo que não sejamos campeões, pelo menos sabemos que eles não vão ser também. Mas que esse negócio de "jogo jogado" nos sirva de lição: nunca entrar em jogo oficial achando que estão disputando partida amistosa. Por mais favorável que seja o placar, sempre existe a possibilidade de algo sair errado.
Poucas coisas são impossíveis. O resto é apenas improvável.
Que o diga o co-irmão da Azenha...

sábado, 5 de abril de 2008

Internacional 3x2 Ulbra

Fernandão e Alex Apesar de todos os problemas extra-campo que afligiram o Beira-Rio nos últimos dias, o Internacional conseguiu mais uma vitória no Gaúchão.
Alex novamente foi destaque, fazendo um ótimo jogo. Fernandão também jogou bem, participou dos três gols, marcou o seu, mas pecou ao ter pedido para cobrar o penâlti e errar. Deveria ter permitido que Alex cobrasse e chegasse aos 10 gols no campeonato. Guiñazu, apesar de ter diminuido de produção no segundo tempo, foi outro que repetiu as boas atuações dos jogos anteriores e merecia que aquela bela jogada sua virasse gol. Nilmar entrou no segundo tempo, foi ovacionado pela torcida, e mostrou o porquê de tanta ansiedade e espera pela sua volta. É um jogador excepcional, que merece ter mais sorte nas lesões, para poder jogar e dar espetáculo. Não fez o seu, mas uma de suas jogadas poderia ter resultado em gol se Fernandão tivesse convertido o penâlti por ele sofrido.

Mas mesmo tendo vencido a partida, os problemas da defesa ficaram evidenciados pelos gols sofridos. O Inter dominou a partida quase que o tempo todo, e mesmo assim levou dois. E que se exima o goleiro Agenor de culpa por eles, pois essa recaí exclusivamente na zaga, especialmente sobre Orozco.
Outro problema a ser resolvido é a queda de produtividade depois das substituições. A Ulbra conseguiu as suas melhores chances nessa hora, quando o time do Inter parecia ter se desestruturado com os novos jogadores em campo.

Também foi jogada no sábado a partida que decidiu o adversário na semifinal. O Caxias venceu o São José pelo placar de 1x0 e se classificou para disputar a vaga na final com o Inter.
O primeiro jogo entre Caxias e Internacional será na Serra, com data e horários a serem definidos pela FGF.

Dados do jogo
Internacional (3): Agenor; Sidnei, Orozco e Marcão; Bustos (Roger, aos 28min, 2ºt); Wellington Monteiro (Adriano, 38min, 2ºt), Magrão, Alex e Guiñazu; Iarley (Nilmar, aos 19min, 2ºt) e Fernandão.

Ulbra (2): Rafael; Jonathan, Carlinhos, Neyor e Leandro Xavier; Wanderson, Júnior (Edílson), Eder Lazzari (Rodrigo) e Everton Severo; Alexandre e Jacques. Técnico: Beto Almeida.

Gols: Fernandão (I), aos 6min do primeiro tempo, Jaques (U), aos 19min25seg do primeiro tempo, Iarley (I), aos 27min25seg do primeiro tempo, Jaques (U), aos 27min10seg do segundo tempo, Magrão (I), aos 44min25seg do segundo tempo. Cartões amarelos: Rodrigo e Alexandre (U). Arbitragem: Carlos Simon, auxiliado por Alexandre Kleiniche e João Lúcio de Souza Júnior. Público: 21.972 (19.105 pagantes e 11.977 sócios). Renda: R$ 237.496,00. Local: Beira-Rio.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

A um ano do centenário

Noventa e nove. Um número emblemático. Está a um passo de ser completo, pleno.
Hoje o Internacional chega a essa marca. São 99 anos de paixão e de glórias, mas, acima de tudo, de dedicação e persistência da torcida. E o que faz um clube senão a sua torcida?
Os mais velhos ainda tinham na boca o gostinho da década de 70, para poderem esquecer o presente das décadas de 80 e 90, onde os da azenha apareciam mais. Os mais jovens, e nesse grupo me incluo, tiveram que superar muito deboche. Alguns não agüentaram o tranco e se perderam pelo caminho. A esses eu digo: "sinto muito, mas só os fortes sobrevivem".
A todos aqueles que sofreram mas souberam esperar e não abandonaram o barco quando esse parecia que ia afundar de vez, meus parabéns. E também parabéns para nós pois vamos fazer parte de um ano histórico para o clube. Somos nós que vamos organizar e vivenciar o 100º ano da existência do clube do povo do Rio Grande do Sul.
O ano de 2006, nos corações colorados, nunca terá fim. O de 2009 já começa agora e também traz promessas de muitas alegrias. Vamos viver cada dia dessa contagem regressiva contabilizando vitórias e abrindo caminho para a Libertadores e, quem sabe, o segundo título Mundial, no ano 100 da história.
Dá-lhe Inter!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Que venha o Paraná

Guiñazu Em partida realizada nessa quarta-feira, na Bahia, o Paraná se classificou para a próxima fase da Copa do Brasil e será o adversário do Inter. Apesar da derrota para o Vitória por 2x1, o time paranaense classificou-se devido ao gol fora de casa.
Já vejo alguns colorados tremerem de medo do adversário que costuma aplicar peças no nosso time, principalmente depois das duas derrotas inexplicáveis para o Juventude, outro time que tem a mesma "tradição".
Nos dois últimos confrontos entre os dois clubes, pelo Campeonato Brasileiro, o resultado foi 1x0. A favor do Inter, no jogo em Porto Alegre, e a favor do adversário, no jogo de Curitiba.
O que não pode ocorrer de maneira alguma é o time já entrar em campo pensando nos maus resultados passados e muito preocupado em não fazer feio. Precisa simplesmente sair em busca da vitória, como deve ser em todos os jogos.
Ainda não há datas nem local confirmados para o primeiro jogo, que serão definidos por sorteio(?).

A boa notícia da quarta foi a absolvição de Guiñazu, julgado pela expulsão contra o Veranópolis. Já tendo cumprido a suspensão automática, Guina está livre para entrar em campo no próximo jogo. Que alívio!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Baixas

Nilmar Confirmou-se o que parecia inevitável: todos os atletas diagnosticados com a tal virose foram contagiados com o vírus da Hepatite A.
Devido ao bom grupo do Internacional, não há muito o que se desesperar em termos de desfalques. Na verdade, a posição que mais preocupa é o gol. Não pela falta de qualidade do substituto de Renan. Clemer era, sim, um reserva de luxo e volta a titularidade com o aval do título mais importante do clube. O problem está no fato de que o terceiro goleiro, Muriel, também está doente, o que acarreta trazer Agenor, do time sub20, para o grupo principal. Se um dos dois acaba se machucando, vamos desenterrar outro goleiro de onde?
Apesar das posições vagas serem preenchidas por atletas capazes de produzir algo semelhante ao que os titulares vinham produzindo, o que fica é a sensação de injustiça. Renan vinha ocupando a vaga de goleiro com maestria e agora sabe-se lá quando volta. Edinho, apesar de ser detestado por alguns torcedores, é o cara do vai-ou-racha num greNAL, e dessa vez não vai poder comandar a garra colorada nos dois jogos finais.
Há horas em que parece que o Universo conspira contra.

Mas, do lado inverso das notícias ruins, há o reconhecimento nacional da ótima fase de Alex. Talvez assim ele consiga realizar o grande sonho da convocação para a seleção. Seria ótimo se isso ocorresse antes do meio do ano, pois, como sua saída do clube é quase que inevitável, com uma convocação o Inter poderia lucrar mais com sua venda.
Também há, finalmente, a volta de Nilmar, que já vai jogar pelo menos 30 minutos contra a Ulbra, no sábado. Se sem ele o time já vinha goleando, com sua presença a chance de muitos e belos gols se multiplica.