domingo, 20 de abril de 2008

Internacional 2x1 Caxias

Alex comemora com a torcida E confirmou-se a expectativa: Internacional, finalista do Gauchão.
O time melhorou muito sobre o que mostrou tanto em Caxias, domingo passado, quanto em Curitiba, na quarta-feira. Pudera, Abel deixou de brincadeira e recompôs o meio escalando Jonas e tirando Iarley. Houve até especulações de que seria Bustos o sacado, para que Iarley seguisse titular, mas Abel mostrou que consegue não ser teimoso se tentar.

Sobre o jogo, pode-se dizer que Alex mostrou porque é considerado o melhor jogador em atividade no país na atualidade. Pode até parecer meio apagado em certos momentos, mas quando aparece mostra a que veio. O primeiro gol surgiu de jogada dos três melhores jogadores do Inter no momento: Magrão lançou para Guiñazu que, quase em cima da linha de fundo, cruzou para um chute de primeira e certeiro de Alex. Um lindo gol. O segundo passou pelos pés de Magrão novamente, do capitão Fernandão e novamente culminou com o belo chute de Alex.

Jonas e Titi entraram e deram conta do recado; Fernandão, recuperado de lesão, vem mostrando melhoras visíveis e já provou que sua presença é importantíssima para o time; falar de Guiñazu é chover no molhado. O argentino é um ótimo jogador, que talvez só precise refrear seus ímpetos um pouco. Vem fazendo algumas faltas mais pesadas e tomando cartões bobos.
Nilmar ainda não rendeu aquilo que se espera dele, mas vem mostrando evolução. Já foi bem mais perigoso na partida de hoje do que em todas as outras que participou desde que voltou da lesão. Isso também se explica pelo fato de, dessa vez, os passes virem pelo chão e não pelo alto.

O saldo negativo da partida foram as lesões de Alex e Guiñazu. A de Alex parece que foi só o susto, mas Guina pode ter um problema mais sério no joelho. Sua ausência pode prejudicar e muito o rendimento do time, pois não há substituto para ele.
Abel fez sábias substituições, dadas as circunstâncias. Visto que foi obrigado a tirar Alex e Guiñazu por contusão, colocou em campo Andrezinho e Ji-Paraná, que entraram bem. Porém, a substituição de Nilmar por Iarley foi explicitamente por querer colocar o cearense em campo, já que o ideal seria que Nilmar ficasse para continuar pegando ritmo. Além disso, a troca não trouxe benefício algum, talvez até algum prejuízo, já que com Nilmar em campo havia sempre a possibilidade de faltas frontais e de contra-ataques.

O gol do Caxias não foi exatamente uma falha de Clemer, mas também não há como eximir totalmente o goleiro de culpa. No primeiro lance, quando a bola bate na trave, Clemer teria condições de defender, mas preferiu acompanhar para ver a bola sair, o que não aconteceu. E no rebote da trave, a zaga estava toda fora do lugar e não havia marcação alguma sobre Flávio Guilherme. Como se vê, o sistema defensivo do Inter tem defeitos que vêm se repetindo há um bom tempo e que, aparentemente, não têm solução enquanto os jogadores em campo forem esses.

Na outra semifinal, o Internacional, de Santa Maria, não conseguiu confirmar a vantagem e perdeu para o Juventude por 4x2. Sendo assim, mais uma vez enfrentaremos o time da Serra nesse campeonato. O Juventude melhorou a olhos vistos nas mãos do Zetti, mas há de se convir que o Inter tem todas as condições de ganhar esse título, é só não se apavorar ao ver a camiseta verde pela frente.

As datas das finais ainda não foram confirmadas pela FGF, mas provavelmente serão dia 27/04, próximo domingo, em Caxias, e no domingo seguinte, dia 04/05, em Porto Alegre.

Agora a pausa é no campeonato gaúcho. Voltamos à Copa do Brasil e à dificílima tarefa de eliminar o Paraná. Difícil mas não impossível. Marcar 3 não vai ser o problema, e sim marcar os dois primeiros gols. Depois disso, deslancha. Vamos acreditar e largar dessa história de touca, que isso, além de idiota, não ajuda em nada.




Internacional 2x1 Caxias
Clemer; Índio, Orozco e Titi; Bustos, Jonas, Magrão, Alex (Andrezinho, 7min2ºt) e Guiñazu (Ji-Paraná, 25min30seg2ºt); Nilmar (Iarley, 21min15seg2ºt) e Fernandão.
Técnico: Abel Braga.
Juninho; Marília, Cuca (Terrão) e Cris; Gustavo, Tiago (Marquinhos), Júlio César, Rodrigo (David) e Aélson; Flávio Guilherme e Kempes.
Técnico: Gilson Kleina.
Gols: Alex (2, I), aos 19min50seg do primeiro tempo, aos 27min40seg do primeiro tempo, Flávio Guilherme (C), aos 33min40seg do segundo tempo.
Cartões amarelos: Guiñazu, Bustos (I), Aélson, Júlio César, Tiago, Cris, Marquinhos (C).
Arbitragem: Márcio Chagas da Silva, auxiliado por José Franco Filho e Júlio César Santos.
Público: 35.529 (30.697 pagantes e 20.020 sócios). Renda: R$ 405.373,00. Local: Beira-Rio.

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