domingo, 27 de abril de 2008

Juventude 1x0 Internacional

Fernandão Esse só foi mais um jogo bem típico da história recente entre Inter e Juventude. Foi um jogo não muito bom tecnicamente, com poucas chances reais de gol e que, numa infelicidade, acabou vencido pelo Juventude.

O Internacional começou bem, teve suas chances, mas não conseguiu converter em gols as poucas chances que teve. E, para piorar, Abel tirou a referência que era Nilmar para colocar Iarley. Nilmar pode não ter feito muito, mas é sempre chance de alguma jogada positiva para o Inter. Pode fazer um gol, conseguir uma expulsão do adversário ou até um pênalti. O que fez Iarley que Nilmar não poderia ter feito? Sua substituição só se explica se foi por cansaço.

Depois da ausência de Nilmar o Inter parou de atacar quase que por completo. Resolveu reter mais a bola, passar o tempo. Grande erro. O Juventude já provou que sabe jogar no contra-ataque, então, chamá-los para fazer exatamente o que querem é burrice.

Burrice também foi a expulsão de Titi, que também teve efeito negativo nos outros jogadores e no esquema. Aquela jogada, além de extremamente feia, foi muito perigosa. Se ele chega a acertar o adversário, teria, facilmente, quebrado a perna dele. Jogadas assim estão ficando mais comuns no time do Inter, o que me preocupa muito. Daqui a pouco seremos taxados como um time violento. Mostrar vontade não é o mesmo que sair distribuindo chutes pra onde aponta o nariz.

Clemer errou muito nessa partida. O placar poderia ter sido maior para o Juventude, pois em dois momentos cruciais o goleiro não achou a bola, dando perfeitas condições para o adversário marcar.
Magrão não foi bem como se espera dele, devido à ótima fase que vinha tendo. Andrezinho não confirmou a boa atuação que teve contra o Paraná e esteve bem apagado, talvez até pela marcação forte sobre si.
O contraponto foi Danny Morais, que entrou bem, fez seu trabalho e protagonizou a melhor chance de gol que o Internacional teve na partida quando, depois de uma cobrança de falta de Bustos, cabeceou para a bela defesa do goleiro do Juventude.
Orozco também merece ser mencionado. Ele é bastante criticado a cada jogo mas fez uma partida sem erros nesse domingo.

E, no finalzinho, o desastre. Fernandão, que não vinha muito bem, resolveu reter a bola para passar o tempo. Perdeu para dois marcadores que sairam em disparada e, no contra-ataque, o Juventude fez o gol. Mas também não se pode largar a derrota no colo do capitão. Ele perdeu a bola, sim, mas foi uma fatalidade e não sinônimo de ruindade. Assim como Magrão perdeu a bola no último jogo contra o mesmo Juventude e que resultou no primeiro gol do adversário.

Aliás, esse jogo me lembrou muito o primeiro jogo entre os dois times no Gauchão desse ano. Um Inter meio sem vontade, apático. Pode até ter sido reflexo do pouco tempo de descanso que os jogadores tiveram.

É um resultado infeliz, mas reversível. Seria mais se o adversário não fosse o Juventude, mas há de se tratar o time da Serra como qualquer outro. E precisamos dar todo o apoio possível aos jogadores para que possamos reverter esse resultado e ganhar o título.




Juventude 1x0 Internacional
Michel Alves; Hélder, Márcio Alemão, Nunes e Elvis; Renan (Hércules), Juan Peres, Lauro (Maicon) e Leandro Cruz (Márcio Goiano); Mendes e Ivo.
Técnico: Zetti.
Clemer; Índio, Orozco, Marcão; Bustos, Danny Morais, Magrão, Andrezinho (Adriano, 34min50seg2ºt) e Ji-Paraná (Titi, 18min2ºt); Nilmar (Iarley, 18min2ºt) e Fernandão.
Técnico: Abel Braga.
Gol: Maicon (J), aos 47min50seg do segundo tempo.
Cartões amarelos: Orozco, Ji-Paraná, Marcão (I), Márcio Alemão (J). Expulsão: Titi (I).
Arbitragem: Leonardo Gaciba, auxiliado por Marcelo Barison e Paulo Ricardo Conceição.
Renda: R$ 227.800,00. Público: 13.385. Local: Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul.

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