"Aleluia" poderia ser o título desta postagem, pois o Inter, finalmente, tomou vergonha na cara e ganhou fora.
O Inter do primeiro tempo foi consistente, maciço e rápido. Aos 5 minutos já tinha o 1x0 a seu favor. Depois do gol o time se fechou um pouco, reação natural, mas ainda ampliou quando Nilmar tocou pras redes e marcou o seu segundo gol na partida, o nono no campeonato. O estreante Rosinei puxou a velocidade do meio pra frente e assim o Inter fluiu em campo.
Apesar disso, no finalzinho da primeira etapa, uma bobeada geral daquelas que vínhamos vendo com freqüência: a bola foi passando, passando e nisso chegou num adversário livre, que só teve que driblar Clemer e chutar. Para nossa sorte, Sorondo correu e conseguiu tirar em cima da linha. Índio ainda se atrapalhou com a sobra, forçando uma defesa de Clemer.
Já a segunda etapa foi perigosa. O Fluminense voltou melhor postado e o próprio Inter recuou muito, obviamente querendo se apegar a vitória parcial com unhas e dentes. Ao dar espaços para o adversário criar mais, acabou sofrendo um certo sufoco, e o gol de desconto saiu de uma falta cometida por Wellington Monteiro, que voltava ao time depois de 3 meses recuperando-se de lesão, em Conca. Esse mesmo cobrou, a bola bateu aqui, ali, e Marcão, na tentativa de tirá-la de perto do gol, chutou, ela rebateu em Somália, do Fluminense, e foi parar no fundo do gol.
O Inter ainda teve a oportunidade claríssima de fazer o 3º, mas o passe de Adriano foi um tantinho ínfimo demasiado forte e Nilmar não conseguiu alcançar.
Resultado justo, que favoreceu o time que soube aproveitar as oportunidades e defender os objetivos conquistados. Não esquecendo, lógico, que o Fluminense era um adversário fragilizado, jogando contra o Inter, o tempo, e, até mesmo, a própria torcida.
O resultado do Inter do primeiro tempo é o que todo torcedor quer do time e espera que não seja mais um alto na oscilação céu/inferno em que vem a equipe. Os reforços que estão chegando não vão transformar o Inter numa máquina, como estão dizendo, pelo menos não de uma hora para a outra, portanto esses que estão há mais tempo no time precisam dar um respaldo agora, dentro de campo, (re)conquistando pontos que deveriam ser nossos. Pensar em algo além dos 6 pontos nos dois jogos restantes é pensar pequeno, apesar de um dos adversários ser o Cruzeiro, em Belo Horizonte, time que merece todo o respeito mas que precisa ser batido.
Mais uma notícia boa é que Nilmar não perdeu tantos gols feitos hoje, apenas um! Assim melhora, e muito, a sua média de acertos e também a sua imagem com uma parcela chata da torcida (na qual me incluo, admitidamente).
E que o exemplo do Fluminense sirva para os colorados: sem vaias no Beira-Rio! Se isso ajuda alguém, é ao adversário. Só faz isso quem nunca viu jogadores e técnicos dizendo que é bem mais fácil jogar no campo do adversário quando a torcida pressiona o próprio time, que acaba nervoso e errando muito. Vamos incentivar durante e, quando precisar cobrar, façamos isso antes ou depois da partida.
A outra ótima notícia da noite desse sábado foi o pronunciamento do presidente Vitório Píffero quanto a saída de Guiñazu: ele fica! Mais uma bola dentro da direção.
Fernando Henrique; Maurício, Luís Alberto, Roger e Júnior César; Fabinho (Alan), Romeu, Felipe (Michael), Conca e João Paulo (Somália); Dodô. Técnico: Renato Portaluppi. | Clemer, Wellington Monteiro, Índio, Sorondo e Marcão; Edinho, Guiñazu, Andrezinho (Magrão) e Rosinei (Adriano); Taison (Ramon) e Nilmar. Técnico: Tite. |
Gols: Nilmar (2, I), aos cinco minutos do primeiro tempo e aos 27min do primeiro tempo, Somália (F), aos 25min do segundo tempo. Cartões amarelos: Taison, Rosinei (I), Conca, Fabinho, Maurício, Roger (F). Expulsão: Maurício (F). Arbitragem: José Henrique de Carvalho (SP), auxiliado por Ivan Carlos Bohn (PR) e Jose Carlos Dias Passos (PR). Local: Maracanã, Rio de Janeiro. |
Resenha no internacional.com.br
0 comentários:
Postar um comentário