domingo, 29 de junho de 2008

Grêmio 1x1 Internacional

Taison Um empate com um sabor quase de derrota. Mas também foi o primeiro ponto conquistado fora do Beira-Rio na competição, o que é positivo.

Quem diria que o time tão desacreditado e criticado fosse chegar na casa do adversário e jogar, não só melhor como muito melhor, principalmente no primeiro tempo?
O Inter dominou o meio-campo, e simplesmente por isso foi melhor até ficar com 10 em campo. É, a sina continua.

A entrada do Taison foi uma estratégia maravilhosa do Tite. O guri jogou muito e o Inter sentiu bastante a sua falta quando foi obrigado a sair por lesão.

Também viu-se nitidamente a melhora da zaga com a entrada de Sorondo. Até o Índio já jogou melhor por ter um companheiro que passa segurança. E Marcão também mostrou melhoras.

Magrão voltou um pouco às origens e jogou bem. Chegou a ser votado por alguns cronistas como o melhor jogador da partida.

A jogada do pênalti do Renan foi, no mínimo, curiosa. Eu, como torcedora do Inter, fico inclinada a defender o goleiro. Por um lado, o que ele fez a gente vê outros goleiros fazendo bastante por aí e não são advertidos; por outro lado, ele realmente levanta o pé um tanto mais do que o necessário. A minha visão ainda é de que ele não pensou em atingir o adversário, apenas mantê-lo longe, o que não aconteceu pois ele veio em direção ao Renan, também com uma vontade estranha para quem estava vendo que aquela era uma bola perdida.

Já esse negócio de paradinha para cobrar pênalti tá virando palhaçada. Fica virtualmente impossível para o goleiro, que já está numa desvantagem enorme só pela natureza da ação, de conseguir defender uma bola assim. Pode-se até pregar que o goleiro não tem que se mexer antes da cobrança, tem que esperar a bola se mexer primeiro. Mas isso é dificílimo pois lida com o reflexo do jogador. A tendência é, quando o cobrador chega na bola, do goleiro escolher o lado e saltar. São poucos que têm a frieza de um Petr Čech, que numa final de Champions League ficou estaqueado no meio do gol enquando Cristiano Ronaldo dava a sua paradinha, o que fez com que o atacante chutasse para fora logo após. Esses são exceção.

Agora os dois próximos confrontos, contra Coritiba e Goiás, são dentro de casa e duas vitórias são obrigação. Aí sim, o Inter entraria de vez na competição e estaria melhor colocado, como merece estar.

Dados do jogo
gfpa (1): Vítor; Léo (Rodrigo Mendes), Pereira e Rever; Paulo Sérgio, Eduardo Costa, William Magrão (Rafael Carioca), Roger e Hélder; Perea e Marcel. Técnico: Celso Roth.

Internacional (1): Renan; Ricardo Lopes (Clemer), Índio, Sorondo e Marcão; Edinho, Guiñazu, Guiñazu e Alex; Taison (Ramon) e Nilmar. Técnico: Tite.

Gols: Índio (I), aos 15min do primeiro tempo, Roger (G), de pênalti, aos 37min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Sorondo, Ricardo Lopes, Magrão, Índio (I); Eduardo Costa, Pereira, Léo (G). Expulsão: Renan (I).
Arbitragem: Alício Pena Júnior (MG), auxiliado por Alessandro de Matos (BA) e Marcelo Barison (RS).
Público: 42.888. Renda: R$ 960.357,00. Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre.

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