sábado, 7 de junho de 2008

Crise? Que crise?

Há uma nova tendência que é querer dimensionar a atual condição do Internacional como crise. Logicamente que não estamos nas melhores das situações, mas aí dizer que estamos em crise é um pouco leviano. O que sobra, então, para outros times do mesmo patamar que o Inter e que estão em situações piores?

A direção está certa em não se precipitar para contratar um novo técnico. De que adianta correr agora, contratar qualquer um e depois ter que correr atrás do prejuízo? Ainda há a escassez de bons técnicos no mercado, o que só faz o processo ser ainda mais lento.
Sobre a forma como saiu Iarley, nós temos o jogador, que não queria sair, e os dirigentes, que não iam querer renovar com ele no final do ano e que viram uma boa oportunidade de deixá-lo sair com dignidade. Onde entra os interesses do Inter aí?
Não há maneira "correta" de se mandar um jogador importante embora. Iarley foi ídolo e agora era reserva. E ninguém contestava essa condição. Passou a ser indispensável depois de sair?
O que dizer de Gabirú, então? Sempre foi contestado, odiado até, mas porque fez um gol passou a condição de craque? Ele estava no lugar certo, na hora certa, fez o certo, e eu vou ser grata para o resto da vida por isso, mas é só. Ele não mudou, continua sendo Gabirú.
O Inter tem que ser sempre grato a quem ajudou a escrever os melhores momentos da história do clube, mas não é instituição de caridade. A melhor maneira de agradecer, agora, é fazer como se está fazendo, buscando um clube com uma boa estrutura (e que queira os jogadores) para que eles possam continuar jogando.
Talvez Iarley pudesse ter continuado no clube, seria sempre uma opção, mas como manter no banco um jogador como ele, com um salário alto? Agora, Gabirú não tem condições de integrar o grupo do Inter. Ponto final.

Guto Ferreira já está sendo julgado e chamado de incompetente sem sequer ter dirigido o time ainda. E, para uns, se chegar a ganhar da Portuguesa no domingo é porque o adversário é muito ruim ou foi sorte.
Iarley passou de reserva, vaiado ao substituir Nilmar (não adianta dizer que o vaiado foi Abel, no momento em que se vaia uma troca, se está vaiando quem está entrando no time também), a melhor jogador do Inter e que agora foi mandado embora escurraçado. Um injustiçado.

Se há crise, essa está entre os torcedores que estão sempre dispostos a achar problema em tudo e que têm uma inclinação mais do que psicopática para a reclamação. Esses estão sempre muito preocupados em xingar e criar apelidos e nem um pouco em pensarem para serem críticos.
Pelo menos há o alento de que nem todos os Colorados são assim.

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