domingo, 29 de junho de 2008

Grêmio 1x1 Internacional

Taison Um empate com um sabor quase de derrota. Mas também foi o primeiro ponto conquistado fora do Beira-Rio na competição, o que é positivo.

Quem diria que o time tão desacreditado e criticado fosse chegar na casa do adversário e jogar, não só melhor como muito melhor, principalmente no primeiro tempo?
O Inter dominou o meio-campo, e simplesmente por isso foi melhor até ficar com 10 em campo. É, a sina continua.

A entrada do Taison foi uma estratégia maravilhosa do Tite. O guri jogou muito e o Inter sentiu bastante a sua falta quando foi obrigado a sair por lesão.

Também viu-se nitidamente a melhora da zaga com a entrada de Sorondo. Até o Índio já jogou melhor por ter um companheiro que passa segurança. E Marcão também mostrou melhoras.

Magrão voltou um pouco às origens e jogou bem. Chegou a ser votado por alguns cronistas como o melhor jogador da partida.

A jogada do pênalti do Renan foi, no mínimo, curiosa. Eu, como torcedora do Inter, fico inclinada a defender o goleiro. Por um lado, o que ele fez a gente vê outros goleiros fazendo bastante por aí e não são advertidos; por outro lado, ele realmente levanta o pé um tanto mais do que o necessário. A minha visão ainda é de que ele não pensou em atingir o adversário, apenas mantê-lo longe, o que não aconteceu pois ele veio em direção ao Renan, também com uma vontade estranha para quem estava vendo que aquela era uma bola perdida.

Já esse negócio de paradinha para cobrar pênalti tá virando palhaçada. Fica virtualmente impossível para o goleiro, que já está numa desvantagem enorme só pela natureza da ação, de conseguir defender uma bola assim. Pode-se até pregar que o goleiro não tem que se mexer antes da cobrança, tem que esperar a bola se mexer primeiro. Mas isso é dificílimo pois lida com o reflexo do jogador. A tendência é, quando o cobrador chega na bola, do goleiro escolher o lado e saltar. São poucos que têm a frieza de um Petr Čech, que numa final de Champions League ficou estaqueado no meio do gol enquando Cristiano Ronaldo dava a sua paradinha, o que fez com que o atacante chutasse para fora logo após. Esses são exceção.

Agora os dois próximos confrontos, contra Coritiba e Goiás, são dentro de casa e duas vitórias são obrigação. Aí sim, o Inter entraria de vez na competição e estaria melhor colocado, como merece estar.

Dados do jogo
gfpa (1): Vítor; Léo (Rodrigo Mendes), Pereira e Rever; Paulo Sérgio, Eduardo Costa, William Magrão (Rafael Carioca), Roger e Hélder; Perea e Marcel. Técnico: Celso Roth.

Internacional (1): Renan; Ricardo Lopes (Clemer), Índio, Sorondo e Marcão; Edinho, Guiñazu, Guiñazu e Alex; Taison (Ramon) e Nilmar. Técnico: Tite.

Gols: Índio (I), aos 15min do primeiro tempo, Roger (G), de pênalti, aos 37min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Sorondo, Ricardo Lopes, Magrão, Índio (I); Eduardo Costa, Pereira, Léo (G). Expulsão: Renan (I).
Arbitragem: Alício Pena Júnior (MG), auxiliado por Alessandro de Matos (BA) e Marcelo Barison (RS).
Público: 42.888. Renda: R$ 960.357,00. Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre.

domingo, 22 de junho de 2008

Vitória 2x1 Internacional

Outra derrota fora de casa. Em duas jogadas pelo alto, as duas únicas chegadas do time baiano no primeiro tempo, o Inter tomou os dois gols que o fez sair derrotado da 6ª rodada do Brasileiro.

O segundo tempo apresentou um Inter melhor, melhor posicionado e mais interessado, mas que não conseguiu produzir o suficiente para fazer mais do que descontar o placar.

A zaga do Inter está, definitivamente, carente. Orozco vinha melhorando bastante mas foi o vilão nos dois gols do Vitória, perdendo a cabeçada para o adversário. Índio decaiu muito e Marcão oscila demais, mesclando ótimas participações com atuações horríveis.
Tendo Sorondo recuperado a quase 2 semanas, não dá para entender porque o melhor zagueiro que temos não joga!

Além disso, os jovens que temos estão mostrando que a renovação é necessária e bem-vinda. Taisson entrou no segundo tempo e foi um sopro de vontade em um meio campo morno. Adriano ainda sofre de devaneios de estar jogando sozinho, mas tem sido muito mais participativo ultimamente.

Nilmar ainda está devendo muito. Por mais que digam que a maior parte das bolas que recebe são ruins, quando finalmente a tem nos pés, acaba finalizando de forma torta. De todos os passes que recebeu, conseguiu colocar só um para dentro do gol. Não é a porcentagem ideal para um jogador do nível que ele almeja ter.

Alex teve momentos em que apareceu muito bem mas no geral não ajudou muito. Guiñazu disse que não mudaria sua forma de jogar (por estar pendurado e perigando não jogar o gre-Nal) mas visivelmente estava mais apático do que o de costume. E, finalmente, Magrão ainda não se encontrou desde que voltou a jogar. A criatividade do meio-campo passa por ele, portanto estamos carentes nesse quesito.

Com o que produziu no segundo tempo, o Inter mostrou potencial para sair do jogo com pelo menos um empate. Emperrou no momento de colocar a bola pra dentro.

Tite precisa fazer melhorar passes, as finalizações, as bolas altas e reestruturar a zaga. Trabalho é o que não falta!

Agora é o gre-Nal. Por mais que o Inter esteja em baixa e eles dando uma de cavalo paraguaio, o resultado de um jogo como esse é sempre aberto. Esse time do Inter, apesar de estar demonstrando fragilidades graves para quem almeja mais do que o limbo da tabela, acaba se superando em jogos decisivos (e greNal, mesmo valendo os mesmos 3 pontos dos outros jogos, acaba sendo decisão sempre). Por isso acredito que um resultado positivo não é ilusão.

Dados do jogo
Vitória (2): Nei; Marco Aurélio, Leonardo Silva, Anderson Martins e Marcelo Cordeiro; Vanderson, Renan, Williams (Leandro Domingues) e Ramon (Ricardinho); Dinei (Marco Antônio) e Marquinhos. Técnico: Vagner Mancini.

Internacional (1): Clemer; Bustos (Maycon), Índio, Orozco e Marcão; Edinho (Taison), Magrão, Guiñazu e Alex; Nilmar e Gil (Adriano). Técnico: Tite.

Gols: Marquinhos (V), aos 17min25seg do primeiro tempo, Williams (V), aos 31min do primeiro tempo, Nilmar (I), aos 22min30seg do segundo tempo. Cartões amarelos: Orozco (I), Vanderson, Leonardo Silva (V). Público: 11.966. Arbitragem: Ricardo Ribeiro (MG), auxiliado por Emerson Carvalho (SP) e Gulherme Camilo (MG). Local: Estádio Barradão, em Salvador-BA.

sábado, 14 de junho de 2008

Internacional 2x1 Botafogo

A estréia de Tite no comando do Inter O reencontro do Inter com a vitória veio depois de dias de momentos conturbados, emocionantes e talvez até tristes.

Com a estréia do técnico Tite, mas sem Alex, cumprindo suspensão pela expulsão contra a Portuguesa, e Nilmar, fazendo recondicionamento muscular, o Inter ainda tinha a ausência, agora definitiva, de Fernandão. Com isso, a braçadeira de capitão parou no braço de Edinho. Muitas vezes contestado e vaiado, o volante abriu o placar com um belo chute de fora da área, logo no começo da partida.

Até o gol, o Inter vinha fazendo um trabalho excelente de troca de passes e posse de bola. Depois disso perdeu totalmente os espaços para o Botafogo, que começou a atacar com bastante perigo. No entanto, foi o Inter quem conseguiu marcar novamente dez minutos depois, com Adriano. Aí então, o domínio da partida foi dividido, com uma certa predominância do time carioca, que conseguia ficar sempre com a primeira ou a segunda bola. No final do primeiro tempo, Sidnei levou o segundo cartão amarelo e foi o jogador expulso da semana, fazendo com que o Inter tivesse ainda mais uma coisa com que se preocupar.
O gol do adversário veio em uma cobrança de falta, já aos 48 minutos do segundo tempo. Numa jogada de desatenção total da defesa, o jogador do Botafogo entrou completamente livre na cara de Renan e descontou.

Foi um jogo para ver vontade, um time mais focado e melhor estruturado. A zaga melhorou muito e o ataque conseguiu marcar mais de um gol. O meio ainda está um pouco perdido e o posicionamento não é dos melhores. Perdemos quase todos os rebotes. Mas deu para perceber avanços que, com o tempo, devem ficar ainda mais evidenciados.

O ponto extremamente negativo foi, novamente, a arbitragem. Não vou discutir se Sidnei foi expulso com razão ou não, mas não houve coerência do árbitro, para dizer o mínimo. Faltas para o Botafogo eram marcadas a todo instante; as para o Inter eram simplesmente deletadas do campo de visão do árbitro e seus assistentes.
Parece haver uma certa má-vontade dos árbitros para com o Internacional. Há um uso excessivo de rigor quando o infrator é nosso jogador. Qualquer jogada mais forte é punida com cartão amarelo, que acaba tornando-se um vermelho quando uma entrada parecida é repetida. O problema está em os jogadores do adversário fazerem coisas semelhantes ou piores e não serem punidos, pois não têm fama de violentos! Se continuar assim, será muito difícil termos alguma regularidade no campeonato.

Dados do jogo
Internacional (2): Renan; Ricardo Lopes, Índio, Sidnei e Marcão; Edinho, Magrão, Guiñazu e Andrezinho (Orozco); Adriano (Guto) e Gil (Ramon). Técnico: Tite.

Botafogo (1): Renan; Alessandro, Renato Silva, Edson e Zé Carlos (Eduardo, Fábio); Túlio, Leandro Guerreiro, Diguinho (Túlio Souza) e Lúcio Flávio; Wellington Paulista e Vanderlei. Técnico: Geninho.

Gols: Edinho (I), aos seis minutos do primeiro tempo, Adriano (I), aos 17min do primeiro tempo, e Alessandro (B), aos 48min do segundo tempo. Cartões amarelos: Sidnei , Guiñazu, Ricardo Lopes, Magrão (I), Diguinho, Leandro Guerreiro, Alessandro (B). Expulsão: Sidnei (I). Público: 20.694 (17.650 pagantes). Renda: R$ 248.004,00. Arbitragem: Sálvio Spinola Fagundes Filho, Ednilson Corona (SP) e Vicente Romano Neto (ES). Local: estádio Beira-Rio.

O "tchau" do Capitão do Mundo

Fernandão no momento do ápice de nossa história No dia em que completaria 4 anos no clube, Fernandão anunciou que estava de saída, indo para o futebol do Catar.

Seguindo o exemplo de Iarley, Fernandão ficou extremamente emocionado e chorou durante as entrevistas. A decisão de não participar do jogo contra o Botafogo foi tomada em conversa com os outros campeões do mundo: Alex, Clemer e Renan. Teria sido melhor tê-lo visto se despedir vestindo a nossa camiseta pela última vez, mas a emoção não o permitiria jogar concentrado. Ele chegou a estar no estádio e participar da preparação para a partida, mas preferiu não ir ao gramado.

Fernandão é um dos jogadores mais importantes da nossa história. Nos deu tantas alegrias, as maiores possíveis. Não vivia um grande momento como em 2006, mas sua falta será sentida, com certeza.

Fernandão, que tu sigas teu caminho e tenhas sucesso nesses novos campos em que vais jogar. Teus gols, tua liderança, teus discursos emocionados e teus gritos de "vamo vamo Inter" nunca serão esquecidos.
Tchau (não digamos "adeus", quem sabe tu não voltas, um dia?) e obrigado por tudo.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Outras vindas

Fernando Carvalho, o maior presidente que o Inter já teve, volta a trabalhar no Beira-Rio.
Depois de 4 anos dirigindo o clube, agora ele vai ocupar o cargo de Assistente de Futebol, trabalhando no vestiário.
É, sem dúvida, uma grande notícia. Fernando Carvalho é um homem sensato, com um ótimo tino para o futebol e, acima de tudo, um grande Colorado. É ótimo tê-lo de volta.

Além dele e do técnico Tite, foi apresentado também o lateral-direito Ângelo.

Ângelo
Nome: Ângelo Ricardo Versari
Nascimento: 27/04/1984 (Campo Mourão-PR)
Altura: 1m75cm
Peso: 68 kg
Clubes: Atlético-PR (2003); Operário Ferroviário-PR (2004); ADAP-PR (2004/2006); Paraná Clube-PR (2006); Al Saad Sport Club - Catar (2006/07); Paraná (2008).

Eis que chega Tite

Após muita espera e especulações, o Inter já tem seu novo técnico: Tite.
Muito foi dito, debatido e discutido sobre a sua contratação, por sua identificação com o lado de lá. Parecia, até, que a cegueira e passionalidade dos torcedores fanáticos era compartilhada pelo presidente e por isso a demora. Os outros dirigentes (leia-se Giovanni Luigi) teriam passado esse tempo tentando convencer Pífero a aceitar Tite. Essa versão é negada, mas o importante mesmo é que agora uma parte do quebra-cabeça já está montada. Agora, com um técnico, podemos ter esperanças de ter um time também.

O treinador, que foi anunciado na manhã de hoje, foi apresentado à tarde e já comandou um treino, que foi acompanhado por um grande número de torcedores.

Seja bem-vindo, Tite, e muito boa sorte!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Sul-Americana definida e Angelo

O sorteio dos confrontos pela Copa Sul-Americana aconteceu nessa terça-feira, na Argentina, e a definição dos jogos do Inter apontou que teremos um greNAL, logo de cara.
Mesmo ainda sem data marcada, sabemos que o primeiro jogo será no Beira-Rio. Depois disso, quem passar já pega o Boca Juniors.

É estranha essa Conmebol, no mínimo. Convida Boca e River, os faz entrar direto na segunda fase e ainda lhes dá mando de campo da partida de volta. Qual seria o motivo do favorecimento?

O importante é saber que, para avançar na competição, precisamos eliminar nossos maiores rivais e depois dar o troco ao Boca pelas duas derrotas por 4 gols.

Sobre reforços: o lateral Angelo, que vinha atuando pelo Paraná, pode ser anunciado ainda essa semana como reforço. O problema estaria em ele já ter atuado por 2 outros clubes esse ano, o que impossibilitaria que ele jogasse pelo Inter. No entanto, como o ano da FIFA vai de agosto à julho, o jogador teria condições de começar a atuar em agosto.
De acordo com a crítica esportiva, seria um bom reforço. Confesso que não lembro muito dele, pois estava mais preocupada em torcer e xingar do que ver se os jogadores do Paraná eram bons.

E agora, é crise?

Escrevi há alguns dias um post sobre o Inter não estar em crise. Mandei esse post para o Blog Colorado no ClicRBS e as respostas a ele não foram, de fato, agradáveis. No entanto, a visão que tinha não mudou, nem mesmo com a derrota para a Portuguesa. Por quê? Porque, para mim, o uso da palavra crise é um problema semântico e que implica problemas de ordem psicológica.

Em primeiro lugar, crise era aquilo que Fernando Carvalho herdou de Fernando Miranda. Um clube praticamente falido, com uma maioria de jogadores medíocres e que no máximo brigava pelo título regional. Freqüentava a metade de baixo da tabela do Brasileiro todos os anos. Dá pra comparar aquela situação com essa?
O que o Inter vive agora é uma situação grave, ou problemática. É algo que se resolve com algumas vitórias, colocando cada um no seu devido lugar, não com meses (ou anos!) de trabalho e reformulação, que é o que uma crise pede.

Além disso, quem se beneficia com o Inter "em crise"? Não vi um apijamado que estivesse dizendo que não, o Inter não está em crise. Eles queriam exatamente o contrário, queriam que a imprensa começasse a divulgar isso. Já pararam para pensar o porquê? Acredito que seja o motivo psicológico que seja o crucial aqui. Com a palavra crise há uma desestabilização. É difícil superar uma crise, é demorado sair dela.

Agora, o fato de eu defender que não estamos em crise não significa que estou satisfeita com a atual situação. Uma coisa não simplesmente acarreta a outra. Não temos um técnico e o grupo está desmobilizado e desmoralizado, e isso, obviamente, não é bom.
A situação do técnico era compreensível até o momento em que se divulgou o impasse na diretoria. Uns querem Tite, outros não, e nisso ficamos parados. Eu aceitava, e até apoiava a decisão de ir com calma e tentar contratar o melhor possível, mas ficarmos sem treinador porque há briguinhas internas sobre gosto pessoal não é aceitável. Agora não é hora de ser passional, a razão se faz necessária. Até porque não há nome que seja consenso. E se vamos afagar o ego de alguém escolhendo esse em detrimento daquele, que seja feito pura e simplesmente como efeito colateral de se ter escolhido a melhor opção.

Voltando ao post no Blog Colorado, nem vou entrar no mérito dos "não-argumentos" que as pessoas usam para responder às opiniões dos outros. O xingamento é o primeiro artifício; o segundo é simplesmente dizer "é assim porque eu acho e pronto". Não há abertura para idéias diferentes nem a tentativa de entendê-las. Ainda não consegui detectar se isso é de praxe no futebol ou um particular dos torcedores do Inter.

domingo, 8 de junho de 2008

Portuguesa 3x1 Internacional

Está ficando escasso o repertório de possíveis lamentações. Não vi o jogo por isso não vou passar juízo de valor sobre atuações, esquema, etc. A pauta será o resultado, pura e simplesmente.

O que há mais a ser dito sobre as constantes derrotas fora de casa? O que há para se dizer sobre, novamente, o time fazer um primeiro tempo aceitável, deixando o gramado com o placar a favor e voltar e colocar tudo a perder logo no começo do segundo tempo? E os gols, pararam de sair porquê? Como explicar uma defesa que, tudo bem, nunca foi lá muito forte, mas que se sustentava, e que agora toma gol a torto e a direito?
O primeiro passo para corrigir-se erros é detectá-los, portanto está na hora de tentar entender o que está acontecendo.
Afinal, o que há de errado com o Internacional?

Ninguém pode dizer que não é um time bom. Existem deficiências, sim, mas no geral é um dos melhores times do país. Então porque não vem conseguindo jogar bem? Os desfalques não podem ser usados como desculpa sempre, ainda mais agora que são apenas 3, sendo que um deles já ficou de fora por 6 meses, portanto nem pode ser mais considerado desfalque. Será que, com as constantes mudanças, o time desaprendeu a jogar junto, perdeu o entrosamento? Não acredito muito nisso.

Talvez o que esteja faltando seja gana. É difícil manter um time mobilizado o tempo todo, mas parece que é bem fácil mantê-lo desmobilizado.
Seria até bem simples mobilizá-los, já que parecem se superar em finais: Brasileirão é uma final a cada jogo! Tem que jogar pra ganhar, sempre, porque cada ponto é valioso, cada gol conta.

O que me deixa mais frustrada é não saber o que está errado, pois não há correção para erros que ninguém sabe quais são. Espero que pelo menos o pessoal lá de dentro esteja ciente dos problemas e esteja trabalhando para solucioná-los, mesmo que quem está de fora não saiba de nada.

Eu só quero ver meu time ganhar. Sabendo da qualidade dos jogadores que temos, acho que isso não é pedir demais.

Dados do jogo
Portuguesa (3): André Luís; Patrício, Bruno Rodrigo, Hallison e Bruno Recife; Dias, Eric (Wilton Goiano), Preto (Carlos Alberto) e Edno; Diogo e Christian (Washington). Técnico: Vágner Benazzi.

Internacional (1): Renan; Ricardo Lopes (Ramon), Edinho, Orozco e Marcão; Edinho, Magrão (Taison), Guiñazu e Andrezinho (Adriano); Nilmar e Alex. Técnico: Guto Ferreira.

Gols: Nilmar (I), aos 9min do primeiro tempo, Washington (P), aos 50seg do segundo tempo. Bruno Rodrigo (P), aos 11min do segundo tempo, Diogo (P), de pênalti, aos 20min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Guiñazu, Ricardo Lopes, Alex, Ramon (I), Bruno Recife (P). Expulsão: Alex (I).
Público: 3.415 pagantes. Renda: R$ 49.230,00.
Arbitragem: Wagner Tardelli Azevedo (SC), auxiliado por Fabricio Vilarinho da Silva e Jesmar Miranda de Paulo (dupla de GO). Local: Estádio Canindé, em São Paulo.

sábado, 7 de junho de 2008

Crise? Que crise?

Há uma nova tendência que é querer dimensionar a atual condição do Internacional como crise. Logicamente que não estamos nas melhores das situações, mas aí dizer que estamos em crise é um pouco leviano. O que sobra, então, para outros times do mesmo patamar que o Inter e que estão em situações piores?

A direção está certa em não se precipitar para contratar um novo técnico. De que adianta correr agora, contratar qualquer um e depois ter que correr atrás do prejuízo? Ainda há a escassez de bons técnicos no mercado, o que só faz o processo ser ainda mais lento.
Sobre a forma como saiu Iarley, nós temos o jogador, que não queria sair, e os dirigentes, que não iam querer renovar com ele no final do ano e que viram uma boa oportunidade de deixá-lo sair com dignidade. Onde entra os interesses do Inter aí?
Não há maneira "correta" de se mandar um jogador importante embora. Iarley foi ídolo e agora era reserva. E ninguém contestava essa condição. Passou a ser indispensável depois de sair?
O que dizer de Gabirú, então? Sempre foi contestado, odiado até, mas porque fez um gol passou a condição de craque? Ele estava no lugar certo, na hora certa, fez o certo, e eu vou ser grata para o resto da vida por isso, mas é só. Ele não mudou, continua sendo Gabirú.
O Inter tem que ser sempre grato a quem ajudou a escrever os melhores momentos da história do clube, mas não é instituição de caridade. A melhor maneira de agradecer, agora, é fazer como se está fazendo, buscando um clube com uma boa estrutura (e que queira os jogadores) para que eles possam continuar jogando.
Talvez Iarley pudesse ter continuado no clube, seria sempre uma opção, mas como manter no banco um jogador como ele, com um salário alto? Agora, Gabirú não tem condições de integrar o grupo do Inter. Ponto final.

Guto Ferreira já está sendo julgado e chamado de incompetente sem sequer ter dirigido o time ainda. E, para uns, se chegar a ganhar da Portuguesa no domingo é porque o adversário é muito ruim ou foi sorte.
Iarley passou de reserva, vaiado ao substituir Nilmar (não adianta dizer que o vaiado foi Abel, no momento em que se vaia uma troca, se está vaiando quem está entrando no time também), a melhor jogador do Inter e que agora foi mandado embora escurraçado. Um injustiçado.

Se há crise, essa está entre os torcedores que estão sempre dispostos a achar problema em tudo e que têm uma inclinação mais do que psicopática para a reclamação. Esses estão sempre muito preocupados em xingar e criar apelidos e nem um pouco em pensarem para serem críticos.
Pelo menos há o alento de que nem todos os Colorados são assim.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Mais um adeus



A quinta-feira foi de despedida no Beira-Rio. Depois de quase 3 anos no clube e de ajudar o time a ganhar os maiores títulos de sua história, mais especificamente com aquele passe maravilhoso que resultou no título do mundial, Iarley não é mais jogador do Internacional. Está indo para o Goiás. Seu contrato terminaria em dezembro, mas a direção o liberou sem custos.

O clube promoveu uma despedida à altura da importância do jogador para a história do clube, com coletiva de imprensa e pronunciamento do presidente.
Iarley, extremamente emocionado, chorou e não conseguiu terminar as entrevistas.

É triste ver um jogador, tão identificado com o clube e tão importante para a nossa história, ir embora, mas temos consciência de que é melhor assim.
Como o próprio Vitório Píffero disse, ele pode não jogar mais no Inter, mas nunca sairá da história do clube.

Obrigado por tudo, Iarley.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Boas notícias

Edinho O Internacional ainda não tem técnico, mas houveram boas notícias para os Colorados no dia de hoje.

A primeira é que, apesar de ainda não terem uma data certa para voltar a jogar, Sorondo e Wellington Monteiro já estão fazendo trabalhos físicos e devem voltar a treinar com o grupo em breve.

A segunda é mais imediata e diz respeito à Edinho e Guiñazu. Os dois foram julgados pelo STJD na tarde de terça e condenados a um jogo cada. Como cumpriram suspensão automática contra o Flamengo, podem, então, participar do jogo contra a Portuguesa.

Pequenos alentos para a torcida que já está agoniada com a falta de vitórias e com o mistério sobre o novo técnico.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Outro desfalque?

Técnico pode ser considerado desfalque? Pois é grande a possibilidade de o Inter entrar em campo contra a Portuguesa, no próximo domingo, sem ter qualquer noção de quem será seu novo técnico.
As especulações por parte da imprensa continuam e algumas são até bem estapafúrdias, como Émerson Leão, mas o consenso é que dois nomes são os fortes e há pendengas nos dois. Muricy depende de ser demitido do São Paulo, Paulo Autuori tem contrato verbal com os árabes e pede um salário muito alto. Com esses de fora, o Inter se vê obrigado a procurar o substituto de Abel num outro escalão.
É importantíssimo que o novo técnico tenha liderança própria mais saiba respeitar as lideranças internas, que realmente existem. Sem essa troca, essa conversa, não haverá acordo e o time não irá para frente. Foi o que aconteceu com Gallo. Por isso o Inter precisa de alguém com pulso firme.
De certo, só se sabe que o time passa a semana sendo treinado por Guto Ferreira.

Magrão está voltando para arrumar nosso meio-campo Outro problema para a tentativa de reabilitação é que Edinho e Guiñazu serão julgados nessa terça pelas expulsões contra o Palmeiras. A probabilidade de serem punidos é enorme, portanto são quase certeza de desfalque no domingo.

Porém, Fernandão e Magrão voltam. Esse último é um alento saber. O time se perdeu completamente sem ele. Talvez agora o meio-campo volte a produzir mais.

Voltando ao assunto despedidas, com a saída de Abel, apareceram novas "notícias" sobre possíveis saídas dos jogadores do Beira-Rio. A bola da vez é Iarley, que estaria acertado com o mesmo Al Jazira.
Até pode ser verdade, mas que os repórteres (usando de um clichê muito cafona) semeiam a semente da discórdia, isso fazem. É horrível ver o que alguns desses profissionais fazem em nome da "notícia"! E o público, na maior parte das vezes, nem um pouco crítico, acredita piamente em tudo que é dito no rádio, TV e jornal. Seria demais querer que os repórteres aprendam que qualquer boato e especulação NÃO é notícia e que as pessoas desenvolvam um pouco de discernimento/capacidade de pensar por elas mesmas?

domingo, 1 de junho de 2008

Abel: ex-técnico do Inter, de novo

A conversa que vinha se extendendo pela semana, que ganhou força no fim dessa e que dominou as discussões esportivas do dia de hoje se confirmou: Abel vai deixar o Internacional para treinar o Al Jazira, dos Emirados Árabes, o mesmo time com o qual o Inter disputou um amistoso em janeiro. O canal Sportv acabou de ter a palavra de Giovanni Luigi, confirmando a saída.
Para seu lugar ainda não há um nome definido, mas especula-se que Muricy Ramalho, que vem sendo contestado no São Paulo, possa ocupar a vaga.
O site da Zero Hora diz que "além de Muricy também estão cotados os técnicos Tite, Cuca e Nei Franco".

A saída de Abel não chega a ser uma novidade ou um baque para quem acompanha a vida do Internacional, mas deve ser considerada um problema. Por mais que seu trabalho fosse contestado por boa parte da torcida, o grupo, tão acostumado com o treinador, vai sentir a troca e não se sabe como reagirá. É sempre perigoso trocar de técnico assim. A chance do novo treinador dar certo, independentemente de quem seja, é de 50%.

Dentre os nomes citados para ocupar o lugar de Abel, nenhum me parece muito "confiável". Tite é muito identificado com os da Azenha, e não seria como um Felipão, por exemplo, que viria numa boa pois impõe respeito. Não ia fechar com o Inter. Cuca poderia ter o mesmo problema. E, pra falar a verdade, não sei coisa alguma sobre Nei Franco.
Por que não tentar Paulo Porto, que treinou o Internacional de Santa Maria no Gauchão?