domingo, 7 de junho de 2009

Cruzeiro 1x1 Internacional


Um bom resultado fora de casa, diante de uma das equipes postulantes ao título.

Foi um jogo extremamente tenso e brigado. Acredito que muito dessa disposição tenha saído de declarações extracampo. Adilson Batista falou que o Inter não era o melhor time do Brasil, Kléber desdenhou do futebol do sul, dizendo basicamente que os times daqui marcam muito e jogam feio. Deram um pouco mais de vontade ao Inter com essas declarações, imagino. Eles também vieram com tudo, e aí imagino que tenha sido pra tentar confirmar que o Inter não é tudo isso e pra nos dar um pouco do nosso "próprio veneno". E deu no que deu. O Inter foi aguerrido, e até um pouco violento por vezes, admito. Mas o Cruzeiro não foi um time de santinhos. Faziam faltas duras também e só sabiam reclamar de tudo!
Dessa "disposição" toda aconteceu o lance que mudou o paronama da partida. Quando o Inter já vencia e controlava a partida, em uma falta para o Cruzeiro, Kléber empurrou Marcelo Cordeiro e, por sua vez, foi chutado por Lauro. Resultado: atacante e goleiro mais cedo pro chuveiro. Conhecendo um pouco do Lauro, fico imaginando se já não tinha rolado alguma outra troca de "elogios" antes desse lance, pois o nosso goleiro parece ser uma pessoa bastante tranquila. Kléber, por outro lado, é famoso por ser destemperado e provocador. Digamos que ele nada tenha feito além dos comuns empurra-empurras na área. O problema é que o histórico fala contra ele. Até as pedras da rua sabem da fama dele, por isso ele acaba expulso. E não é só por preconceito. Se dizem que a vaca é malhada, é porque pelo menos uma pinta ela tem. Se dizem que ele provoca, algum fundo de verdade isso tem.

Voltando ao jogo, para colocar Michel Alves, Tite foi forçado a tirar Alecsandro, e com isso o Inter deu a iniciativa do jogo para o Cruzeiro. Foi muito atacado, mas praticamente sem perigo real para o gol agora defendido por Michel.

Na segunda etapa, o Cruzeiro empatou logo no início. O problema é que Wellington Paulista estava impedido! Gol ilegal mas validado.
Não se sabe se o Inter teria ido pra cima caso o Cruzeiro não tivesse marcado o gol de empate tão cedo, mas o fato é que na segunda etapa o time melhorou muito e jogou de igual pra igual com o Cruzeiro. Houveram lances de perigo para ambos os lados. E nos garfaram mais uma vez quando, num contra-ataque fulminante de Taison e Giuliano, o goleiro Fábio fez falta fora da área. Falta perigosíssima e ainda merecedora de cartão vermelho para o goleiro. Não vimos nem um, nem o outro.

Apesar dos pesares, foi um resultado bom, apesar de que se tívessemos ganho não teria sido nada de absurdo. Jogamos bem e tivemos dois erros cruciais contra nós.

Kléber e Wellington Paulista falaram demais depois do jogo, reclamando da arbitragem. Realmente, não foi das melhores, mas as reclamações deles parecem mais choro de quem não faz uma campanha das melhores no campeonato e não pode se dar ao luxo de empatar em casa. Paulista chegou ao cúmulo de chamar Índio de louco e não deixar ele ficar de pé. Não vi nada disso. E se a marcação é forte, se desvencilha, meu filho! Mostra tua qualidade, se tiveres.

Agora nosso próximo compromisso é o Vitória, no Beira-Rio. Ganhar é preciso para manter a liderança, já que o Atlético Mineiro, que vem em segundo, está a dois pontos de nós e também joga em casa.

*5ª rodada: 1º lugar com 13 pontos ganhos, 4 vitóras, 1 empate, 0 derrotas. 7 gols pró, 2 contra, saldo 5. 86% de aproveitamento.




Cruzeiro 1x1 Internacional
Fábio; Jancarlos (Zé Carlos), Leonardo Silva, Thiago Heleno e Gérson Magrão; Fabrício, Henrique (Bernardo), Marquinhos Paraná e Wagner (Elicarlos); Kléber e Wellington Paulista. Técnico: Adilson Baptista. Lauro; Bolívar, Índio, Danny e Marcelo Cordeiro (Danilo); Sandro, Guiñazu, Magrão e Andrezinho (Giuliano); Taison e Alecsandro (Michel Alves). Técnico: Tite.
Gols: Magrão (I), aos 5min do primeiro tempo; Wellington Paulista (C), a 1min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Wellington Paulista, Wagner e Gerson Magão(C), Marcelo Cordeiro, Bolívar, Sandro, Guiñazu e Danny (I). Vermelhos: Lauro (I) e Kléber (C).
Arbitragem: Antonio Hora Filho, auxiliado por Edmo Oliveira Santos e Ivaney Alves de Lima (trio sergipano).
Local: Mineirão, Belo Horizonte.

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