quinta-feira, 30 de abril de 2009

Palermo?

Nem vou me dar ao trabalho de comentar a possível veracidade da "mais nova investida" do Palermo, que está levando Nilmar para a Itália pela terceira vez.

Se por acaso forem 20 milhões de Euro mesmo, como estão dizendo, acho que ele vai. E acho que seria imprudente recusar uma oferta dessa. No atual estado das coisas, ninguém vai oferecer mais do que isso por nenhum outro jogador do Inter. E ele é, sem dúvida, aquele que faria menos falta dentre os nossos "craques negociáveis".

Se a alternativa à venda de Nilmar for a venda de D'Alessandro, espero que dessa vez batam o martelo para a venda do atacante.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Náutico 0x3 Internacional

Outra bela atuação e outra vez D'Alessandro foi o maior destaque do time. E dessa vez foi fora do Beira-Rio!

Não foi um jogo exuberante porque o gramado não dá qualquer condições de algo assim acontecer e porque o Náutico foi extremamente violento, principalmente no primeiro tempo. Uma tesoura perigosíssima de Gladstone em Guiñazu passou só com um cartão amarelo, a mesma punição que recebeu D'Alessandro por reclamar de tal falta! Qual o critério de arbitragem? Pode usar de violência mas não pode reclamar?
Mesmo assim, conseguimos ir em vantagem para o intervalo, com um belo gol de Nilmar, que perdeu um outro gol feito na primeira etapa, mas vamos dar uma colher-de-chá pro menino.
No segundo tempo, logo no começo, Taison guardou mais um, o 19º dele na temporada. E mais pro fim encerramos o placar com um gol de Marcelo Cordeiro. Mas o que mais chama a atenção nesse gol foi a linda jogada que D'Alessandro fez no passe. Assim como não há bola perdida com a velocidade e insistência de Nilmar e Taison, não há espaço pequeno o bastante para que D'Ale não consiga fazer um passe. Magnífico!

Ganhamos fora de casa. Essa era a maior dúvida que pairava sobre o time: conseguiria ele mostar o mesmo bom futebol longe de Porto Alegre, coisa que não aconteceu ano passado? Pelo menos contra o Náutico, o Inter foi quase perfeito. Envolveu o adversário e foi preciso quando esteve de cara para o gol. Saiu de Recife com a classificação na mão.

Porém — e não poderia deixar de haver um porém —, o Náutico ainda não é o adversário ideal. Mas já é um adversário de Série A. O que me intriga mais, e que vai ser respondido no próximo domingo, contra o maldito Corinthians, é o que o time vai conseguir produzir contra um time maior, com mais tradição e que também é considerado melhor tecnicamente. Eu não exijo goleadas nem passeios Colorados fora de casa no Brasileirão contra os adversários mais fortes, mas não posso negar que, vendo o que o Inter vem fazendo, fico na expectativa de já começar o Campeonato Brasileiro com 3 pontos na tabela.




Náutico 0x3 Internacional
Eduardo; Gladstone, Negrette e Asprilla; Sidny, Vágner, Juliano (Tiaguinho), Carlinhos Bala e Wellignton (Anderson Lessa); Gilmar e Adriano Magrão (Kuki).
Técnico: Waldemar Lemos.
Lauro; Bolívar, Índio, Álvaro e Kléber; Glaydson, Magrão, Guiñazu e D'Alessandro (Andrezinho); Taison (Marcelo Cordeiro) e Nilmar (Alecsandro).
Técnico: Tite.
Gols: Nilmar (I), aos 33min do primeiro tempo, Taison (I), aos 6min do segundo tempo, Marcelo Cordeiro (I), aos 38min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Juliano, Carlinhos Bala, Gladstone, Anderson Lessa, Tiaguinho, Asprilla, Vágner (N); Bolívar, D'Alessandro e Magrão (I).
Arbitragem: Guilherme Cereta de Lima, auxiliado por Márcio Luiz Augusto e Vicente Romano Neto (trio paulista).
Local: Estádio dos Aflitos, Recife.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Deu Recife

Em sorteio realizado nesta tarde na sede da CBF, ficou decidido que o jogo de ida entre Náutico e Inter será nos Aflitos, dia 29/04. Sabe-se que a partir dessa fase da Copa do Brasil não há a eliminação do segundo jogo caso o visitante vença a primeira partida por 2 ou mais gols de diferenaça, portanto o jogo no Beira-Rio está confirmado e será realizado na semana seguinte, dia 06/05.

Como disse antes, minha preferência seria o primeiro aqui em Porto Alegre, mas na verdade faz pouca ou nenhuma diferença a ordem das partidas. As duas opções oferecem suas vantagens e desvantagens.

Como não poderia deixar de ser, já se ouviu comentários sobre a distância e sobre o estado do gramado. Sabemos que a viagem é realmente cansativa e que o gramado do estádio dos Aflitos é pavoroso, mas convenhamos, um time que quer ser considerado o melhor do país tem por obrigação superar os obstáculos extra-campo tanto quanto os do campo. Esse negócio de ficar dando desculpa antecipada pra possíveis tropeços já está ficando chato. E ficar caindo em armadilha de repórter pra dar declaração polêmica é ingenuidade.

Como li um colorado dizer no blog de um torcedor do Náutico, a mídia e todos que entitulam o Inter como o melhor time do país querem mais é que a gente quebre a cara. Temos que andar sempre no limite, na ponta dos pés, assim é que se ganha títulos, achando que o próximo jogo, independentemente de adversário e local, é sempre o mais importante de todos.

Oitavas e vendas

Ao vencer o Criciúma por 3x2 em Pernambuco (após empate em 2x2 em Santa Catarina), o Náutico será o adversário do Internacional nas oitavas-de-final da Copa do Brasil.
O primeiro jogo será já na próxima quarta-feira. Amanhã será decidido em sorteio quem terá o mando desse jogo.

Levando-se em conta a grande fase que o time está vivendo, prefiro que o primeiro jogo seja logo aqui no Beira-Rio. Ganhando, e ganhando bem, não tem porque se preocupar muito com o jogo da volta, além de apresentar o devido respeito ao adversário. Se formos lá primeiro e não conseguirmos um bom resultado, ficamos na agonia da espera pelo segundo jogo, toda a desconfiança volta e todo mundo começa a dizer "viu como o Caxias não era parâmetro?".


Em outro assunto, vamos começar a ouvir "notícias" sobre possíveis vendas de jogadores de novo. O periódico espanhol Marca já fala no interesse que o Atlético de Madri (que hoje levou 5 do Racing) teria em levar D'Alessandro. Não sei no que isso vai dar. Sei que alguém terá de ser vendido, mas não acredito que vá ser o argentino. Mas no fim, isso só serve pra nos deixar, nós os torcedores, completamente amendrontados com a possibilidade de nosso jogador mais inteligente nos deixar no meio do ano. Quando vemos o time engrenar e dar mostras de que tem grande potencial pra ser campeão, vêm com esses papos pra esfriar nossos ânimos.

Equilibrar as contas do clube é importantíssimo, mas ganhar títulos também é, até porque ganhar títulos dá dinheiro pro clube! Por isso acho que se temos de abrir mão de um de nossos craques, que seja Nilmar. Para a posição dele temos Alecsandro, que faz tanto gol quanto ele. Pro meio temos Andrezinho, que é bom jogador mas não tão bom quanto D'Alessandro.
Espero que a diretoria consiga manter o time o mais intacto possível, para termos ainda mais alegrias nesse ano tão especial que é o do centenário.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Internacional 5x0 Guarani

D'Ale merece seleção argentina! Mais uma goleada. Outra bela atuação. E estamos classificados para as oitavas-de-final da Copa do Brasil.

É chover no molhado dizer que o time está fazendo jogadas bonitas, jogando fácil, que todos estão demonstrando qualidade. D'Alessandro está em fase magnífica, em que seus passes se transformam em gol em 90% das chances. Nilmar sente lesão, Alecsandro entra e faz dois. Nossos volantes, Sandro, Guiñazu e Magrão, têm garra e determinação, além de saberem dar passes e se arriscarem no ataque. Bolívar e Kléber vêm cada vez melhor nas laterais. Enfim, estamos em ótima fase.

O problema é o receio de acontecer o mesmo que no ano passado. Quanto maior a altura, maior a queda. O Inter precisa manter os pés no chão. É fácil falar, e é clichê dizer isso, mas precisa ser feito. Todos, e nisso inclui-se grupo de jogadores e torcida, precisam saber que os adversários enfrentados até agora ofereceram pouca ou nenhuma resistência. Goleá-los foi até simples. Mas jogos seríssimos estão por vir. A Copa do Brasil está se afunilando e o Campeonato Brasileiro começa em duas semanas, e aí o buraco é mais embaixo. Ninguém em sua sã consciência vai exigir que o Inter atropele os adversários tradicionais, mas precisa manter o que vem jogando, precisa continuar fazendo os jogos ficarem fáceis. Só assim é que o time vai continuar a conseguir resultados expressivos.




Internacional 5x0 Guarani
Lauro; Bolívar, Índio, Álvaro (Danny Morais) e Kléber (Marcelo Cordeiro); Sandro, Magrão, Guiñazu (Rosinei) e D'Alessandro; Taison e Alecsandro.
Técnico: Tite.
Douglas; Maranhão, Maurício, Walter e Andrezinho; Glauber, Claudiney Rincón, Danilo Rios (Rafael Fefo) e Chiquinho; Dairo (Matheus) e Romário (Mário Lúcio).
Técnico: Vadão.
Gols: Índio (I), aos 7min do primeiro tempo, Alecsandro (I), aos 16min do primeiro tempo, Taison (I), aos 32min do segundo tempo, Alecsandro (I), aos 6min do segundo tempo, Bolívar (I), aos 29min do segundo tempo.
Cartão amarelo: Maurício (G), Rosinei (I).
Arbitragem: Antonio Denival de Morais, auxiliado por Ivan Carlos Bohn e José Carlos Dias Passos (trio do PR).
Público: 23.784 (21.410 pagantes). Renda: R$ 286.355,00. Local: Beira-Rio, Porto Alegre.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

¡D'Ale campeón!

18:00 | BRASIL

Andrés D'Alessandro y Pablo Guiñazú se consagraron campeones invictos en el Torneo Gaúcho con el Inter de Porto Alegre. Gritaron un gol cada uno en el último partido frente a Caixas, al que derrotaron por ¡8 a 1!

Una Boba, de las que nos tiene acostumbrados, para desarmar al defensor rival y tirar el centro del 1-0, y un toque de derecha, con el arquero ya vencido, para cerrar el impensado ¡7-0! con el que Internacional de Porto Alegre apabulló a Caixas en el primer tiempo fue el último aporte de Andrés D'Alessandro para que su equipo se coronara en el Torneo Gaúcho de Brasil. Pablo Guiñazú, capitán del actual rey de la Copa Sudamericana, no se había quedado atrás: unos minutos antes había recibido la pared y definido con categoría, junto a un palo, para poner el 5-0 en la chapa. Así, el equipo de los argentinos consiguió el bicampeonato en este certamen regional, justamente en el año en que celebra el centenario de vida del club.

El actual campeón de la Copa Sudamericana consiguió un rendimiento superlativo en el torneo que aún festeja: 18 triunfos y tres empates. Invicto, sí. Además, ostenta una marca de 67 goles, más de tres de promedio por partido. En la última jornada aplastó a su rival: a los 18 minutos ya lo vencía 3-0 y a los 32' se había puesto 5-0, anticipando lo que sería el 8-1 final.

"Demostramos que jugamos muy bien al fútbol. No importa el nombre del campeonato: se obtuvo de manera invicta, y eso hay que valorarlo. Ahora confiamos en hacer una buena campaña en la Copa de Brasil", aseguró el Cholo Guiñazú. Es que el Inter no para: el miércoles recibirá a Guaraní con buenas perspectivas de clasificarse a los octavos de final de dicho certamen, tras el 2-1 conseguido en la ida, como visitante. Traigan arcos...


Retirado do diário argentino Olé

domingo, 19 de abril de 2009

Internacional 8x1 Caxias



CAMPEÃO!


Outro 8x1 numa final de Gauchão, e mais uma vez sobre um time de Caxias!

O primeiro tempo dessa partida foi simplesmente fantástico! O Inter não deu chance alguma ao Caxias de sequer pensar em não perder. Foram toques de bola envolventes e certeiros, com todo mundo indo ao ataque com tudo. E com isso o placar dos primeiros 45 minutos foi avassalador: 7x0.

No segundo tempo, imaginei mais um show, mas nessa etapa a partida foi bem mais equilibrada, o que se reflete no placar desses outros 45 minutos: 1x1. O Inter óbviamente tirou o pé, para não arriscar lesões que prejudiquem o restante da temporada, e acho que também um pouco para aliviar a humilhação sobre o Caxias.

Todos estiveram fantásticos na partida. Tivemos gol do capitão Guiñazu, trazendo o estádio abaixo. Briga entre os nossos dois atacantes pra ver quem ia, afinal, ser o goleador da competição. E golaço daquele que foi considerado o melhor em campo, Magrão. Ninguém que esteve no Beira-Rio nessa tarde chuvosa de domingo poderia ter desejado algo mais do que nos foi dado. E a festa depois do jogo foi também belíssima, encerrando de maneira maravilhosa a tarde dos colorados.

Agora é mostrar que esse futebol todo que jogamos no Gauchão pode ser repetido nos campeonatos nacionais. Queremos muito ganhar a Copa do Brasil, pra já garantir vaga pra Libertadores de 2010 no primeiro semestre, e também o Campeonato Brasileiro, que nos roubaram em 2005 e portanto não ganhamos de forma oficial desde 1979.



Internacional 8x1 Caxias
Lauro; Bolívar, Índio, Álvaro e Kléber; Sandro, Magrão (Marcelo Cordeiro), Guiñazu e D'Alessandro (Andrezinho); Taison e Nilmar (Alecsandro).
Técnico: Tite.
Rafael Lopez; Edenílson, Vagner Lima, Santin e Brida; Zacarias (Diogo Britto), Marielson, Roberto e Guilherme (Vagner); Júlio Madureira e Marcos Denner.
Técnico: Argel.
Gols: Magrão (I), aos 6min do primeiro tempo, Taison (I), aos 15min do primeiro tempo, Nilmar (I), aos 18min do primeiro tempo, Nilmar (I), aos 22min do primeiro tempo, Guiñazu (I), aos 32min do primeiro tempo, Magrão (I), aos 40min do primeiro tempo, D'Alessandro (I), aos 43mim do primeiro tempo. Cristian Borja (C), aos 20min do segundo tempo, Álvaro (I), aos 43min do segundo tempo.
Cartões amarelos: D´Alesandro (I), Santin, Diogo Brito (C).
Arbitragem: Leandro Vuaden, auxiliado por Altemir Haussmann e Paulo Conceição.
Público: 38.710 (33.495 pagantes). Renda: R$ 447.310,00. Local: Beira-Rio, Porto Alegre.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ingressos e sócios

Ingressos esgotados para a final de domingo. Dessa vez não houve tumulto dos que não são sócios em busca de ingressos porque sobraram alguns para esses torcedores, ao contrário do que ocorreu na final passada do Gauchão, que o Inter disputou com o Juventude. Imagino que haja também a conscientizaçãos dos torcedores de que os sócios precisam ter alguma vantagem na hora de comprar o ingresso, senão o número de sócios da nova modalidade seria ínfimo. Poucos se associam para receber apenas uma revista ou só com o bem do clube em mente.

Porém, o que se torna cada vez mais difícil de entender é a demora em produzir uma maneira para que os sócios da modalidade antiga, que não precisam comprar ingresso, possam dizer se vão ou não aos jogos. Há umas duas semanas, acho que na época do greNAL, alguém mencionou que um software com essa finalidade estava quase pronto. Ainda? Com o plano de ter 100 mil sócios, esse software já deveria ter sido idealizado e posto em prática há muito tempo! Eu não entendo muito de desenvolvimento de software, mas imagino que se existe algo para a venda de ingresso, que involve pagamento, um programa que seja apenas para informar a ida ou não ao estádio seja bem menos complexo de elaborar.

As pessoas têm boas ideias, o problema é que na maior parte das vezes ninguém para para pensar na ideia como um todo e nos problemas que podem aparecer pelo caminho. Depois tem que se arranjar solução durante o processo. É quase como querer trocar um pneu com o carro em movimento. É simplesmente mais fácil colocar o plano completo em execução. Pode demorar mais para sair, mas a chance de aparecerem percalços é bem menor.

Acredito, e espero estar certa, de que a demora para o começo das obras de remodelação do Beira-Rio seja exatamente o fruto desse pensamento de ter tudo completamente planejado antes de começar.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Melhor do mundo

Alguns não gostaram da declaração do técnico do Caxias, Argel, de que o Inter seria o melhor time do mundo, dentre eles incluso Tite, técnico do Internacional, que vê essa atitude como um meio de colocar pressão no Inter e, ao mesmo tempo, motivar seus jogadores e tirar qualquer responsabilidade que o Caxias pudesse vir a ter.

Existem grandes chances de essa ser mesmo a real intenção de Argel. Porém, do ponto-de-vista do técnico de um time como o Caxias, que tem chance praticamente nulas de enfrentar algum time europeu, que são os que os "entendidos" consideram como única opção para melhor time do mundo, não há nada de absurdo nessa declaração.
O Internacional é e será o melhor time que o Caxias enfrentará esse ano — e provavelmente também nos próximos anos. O campeonato Gaúcho e as divisões mais "baixas" do futebol brasileiro, esse é o mundo do Caxias, e não há dúvidas de que, no futebol brasileiro, o Inter, se não é o melhor time, certamente é um fortíssimo candidato a esse "rótulo". Portanto não há nada demais no que disse Argel.

domingo, 12 de abril de 2009

Internacional 4x0 Ulbra




Internacional 4x0 Ulbra
Lauro; Bolívar, Índio, Álvaro e Kléber; Sandro, Magrão (Giuliano), Andrezinho e D'Alessandro (Rosinei); Nilmar (Walter) e Alecsandro.
Técnico: Tite.
André; Jonatan (Émerson Ávila), Henrique, Bruno e Júnior; Gavião, Wanderson, Jé e Léo Dias; Tatá e Lê.
Técnico: Beto Almeida.
Gols: Nilmar (I), aos 10min do primeiro tempo, Alcsandro (I), aos 13min do primeiro tempo, D'Alessandro (I), aos 47min do primeiro tempo, Rosinei (I), aos 30min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Júnior (U), Lauro, Alecsandro (I).
Arbitragem: Márcio Chagas da Silva, auxiliado por José Franco Filho e Carlos Alberto Bittencourt.
Público: 23.918 (21.417 pagantes). Renda: R$ 268.780,00. Local: Beira-Rio, Porto Alegre.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Campeão do marketing

Com um modelo de negócios copiado de grandes corporações, o Internacional de Porto Alegre vira referência em gestão

AMAURI SEGALLA

O FUTEBOL BRASILEIRO é tão vitorioso dentro de campo quanto confuso e desorganizado fora dos gramados. Campeonatos que vão parar na Justiça, falta de público nos estádios, êxodo precoce de jogadores, péssima gestão dos dirigentes, tudo isso levou a maioria dos grandes clubes a uma situação muito próxima da falência. O Flamengo, time de maior torcida do País e dono de cinco títulos brasileiros, até a semana passada estava há três meses sem pagar salário a seus jogadores. Nos últimos anos, campeões como Vasco, Palmeiras, Corinthians e Atlético Mineiro foram parar na Segunda Divisão, graças principalmente à gestão desastrosa de seus comandantes. Num cenário desse, chamam a atenção os clubes que conseguem gerir o futebol de forma profissional, algo ainda raro no País. O São Paulo, atual tricampeão brasileiro, ficou conhecido pela estrutura invejável. Mas outros times também conseguiram elevar o padrão de administração para níveis próximos aos dos grandes clubes europeus. É o caso do Internacional de Porto Alegre, uma espécie de campeão brasileiro do marketing.

“O clube aprendeu a diversificar suas receitas, numa estratégia parecida com a de grandes empresas”

VITORIO PIFFERO, presidente do Inter

O Inter criou o maior programa de captação de sócios da história do futebol brasileiro. Em 2002, lançou uma campanha publicitária para atrair fãs interessados em pagar uma mensalidade para se tornar sócios-torcedores. O mote era irresistível para os fanáticos: “100 anos, 100 mil sócios”. O clube completa o seu centenário no próximo dia 4 de abril e a meta está perto de ser cumprida. Há sete anos, 12 mil colorados desembolsavam um valor mensal para ter descontos generosos na compra de ingressos e prioridade na compra do bilhete. Hoje o número está em torno de 90 mil e projeções indicam que deve chegar a 100 mil muito antes do fim do ano. Na América Latina, só o argentino River Plate tem um quadro social maior. Segundo o Inter, no ranking mundial o clube gaúcho está entre os dez que possuem mais sócios. Em 2009, as receitas anuais geradas pelo programa devem chegar perto dos R$ 40 milhões – o equivalente a 30% do orçamento anual do clube. Para efeito de comparação, é quase o triplo do valor que o Flamengo recebeu em 2008 da Petrobras a título de patrocínio. “O Inter aprendeu a diversificar suas fontes de receitas, numa estratégia muita parecida com a de grandes empresas”, diz Vitorio Piffero, presidente do clube. “Com esse modelo de negócios, conseguimos montar grandes times e nos tornamos campeões da América do Sul e do Mundial Interclubes, em 2006.”

No campo do marketing, o time gaúcho marcou alguns golaços. Em 2006, a área de licenciamento da marca estava praticamente esquecida, com faturamento na casa dos R$ 600 mil. Após a conquista do título mundial naquele ano, o clube iniciou um processo de abertura de lojas Brasil afora, para aproveitar o momento favorável. Em três anos, o número de lojas que vendem produtos com a grife do Inter quadruplicou. Atualmente existem 35 endereços dedicados a comercializar artigos do clube. “Queremos chegar a 100 estabelecimentos ativos até o fim do ano”, afirma Jorge Avancini, vice-presidente de marketing do clube. No ano passado, o licenciamento da marca gerou R$ 4,2 milhões, valor que deve crescer 50% em 2009. Avancini formatou um projeto de internacionalização, também aproveitando a conquista do mundo em 2006. Ele vendeu franquias da escola de futebol do Inter para empresários americanos e uruguaios, que abriram academias na Califórnia e em Montevidéu. A administração profissional foi premiada. O Inter se tornou no final do ano passado o único clube de futebol do Brasil a possuir o certificado ISO 9001, que identifica boas práticas de gestão. Nem o badalado São Paulo recebeu a honraria.


Da revista ISTOÉ Dinheiro

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Guarani 1x2 Internacional




Guarani 1x2 Internacional
Douglas; Maurício, Rafael Fefo (Chiquinho) e Walter; Maranhão, Claydiney Rincón, Bruno, Glauber e Andrezinho; Danilo Rios (Romário) e Dairo (Diego).
Técnico: Vadão.
Lauro; Bolívar, Índio, Álvaro e Kléber; Sandro, Glaydson, Guiñazu (Giuliano) e Andrezinho (D'Alessandro); Nilmar (Alecsandro) e Taison.
Técnico: Tite.
Gols: Taison (2, I), aos 27min do primeiro tempo e aos 41min do segundo tempo, e Romário (G), aos 43min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Nilmar, Lauro, Álvaro (I); Maurício, Glauber (G).
Arbitragem: Willian Marcelo Souza Nery, auxiliado por Hilton Moutinho Rodrigues (Fifa) e Wagner de Almeida Santos.
Público: 3.721. Renda: R$ 55.935. Local: Brinco de Ouro, Campinas-SP.

O presidente do Mundial

Postado em 8/4/2009 às 0:00 por Caio Maia


Fernando Carvalho ganhou até bandeira na torcida colorada

Quando assumiu a presidência do Internacional, em 2002, Fernando Carvalho viu um clube sem jogadores e moral, mas com boas perspectivas. Sabia que um bom trabalho na base e no marketing renderia frutos dentro e fora de campo. Passados quase sete anos, hoje o Colorado é um modelo de administração no futebol brasileiro e se orgulha do rótulo de campeão de tudo.

O momento não podia ser melhor para comemorar o centenário do Colorado. Hoje diretor de futebol na administração de Vitório Píffero, Fernando Carvalho pode se orgulhar, também, de ser um dos poucos dirigentes reverenciado por seus torcedores. Em jogos do Inter, uma bandeira com o rosto de Carvalho está sempre presente nas arquibancadas do Beira Rio. Em Porto Alegre, ele recebeu a reportagem da Trivela.

Começando pelo fim, há pouco mais de três anos entrevistei o senhor, que me falou sobre o Alexandre Pato, sem ninguém saber, e muito sobre o Luis Adriano. Por quê?
Foi estratégico, não tinha contrato ainda, naquela época ele vinha jogando bem nas seleções de base, e num contrato ainda de pequeno valor, cláusula penal de R$ 2 milhões. Na medida que o tempo avançasse, decairia esse valor. Então, pra evitar que houvesse uma proposta de um clube brasileiro, a gente procurou não revelar muito as condições dele, procuramos esconder o jogador até que a gente pudesse fazer um novo contrato, para que ele tivesse um valor compatível com a sua idade. Isso deve ter sido em maio ou junho de 2006, quando nos falamos pela última vez, e naquele momento os dois jogadores já estavam se destacando muito na categoria de base. A gente faz um trabalho nessa linha hoje, posso dizer que temos agora nas categorias de base seis, sete jogadores de primeira linha, todos já podem ser citados, pois têm contratos longos. Vou citar dois: Marquinhos e Léo, um atacante semelhante ao Nilmar e um outro jogador de pé esquerdo, que joga como atacante dos dois lados. No time de cima nós já temos o Juliano, Arílton, Danilo Silva (formado no Guarani), Sandrão, Walter, Talles Cunha, enfim, jogadores todos de nível de seleção brasileira, que têm contrato de cinco anos e que serão certamente jogadores de muito sucesso no futuro.

Temos outros jogadores recentes, casos de Nilmar, Daniel Carvalho, Rafael Sóbis, por que o Internacional revela tanto jogador de bom nível?
Porque nós temos um trabalho nas categorias de base que é feito com a maior conscientização, dados científicos, profissionais de primeira linha, e a gente cuida muito deste setor. Desde 1996 passamos a trabalhar com planejamento bem a avançado, e hoje somos modelo. Nós temos ideia de revelar quatro a cinco jogadores por ano, trabalhamos muito a questão emocional, com psicólogo, questão nutricional, é importante para que ele saiba as razões da alimentação. Todo esse trabalho redunda num grande número de atletas de grande nível, que dão certo não só aqui, mas também fora. Aliás, nossa cultura é mais voltada pro trabalho de conscientização, então o jogador que sai daqui, dificilmente retorna, como em outros centros, Bahia, Nordeste, até no Rio de Janeiro.

O senhor cita desde 96. Foi um período em que estava no começo de uma fase ruim para o Internacional. O que aconteceu de errado nos anos 90?
Na verdade, nós não sabemos as causas. Eu entrei para o clube como advogado, em 1982, no departamento jurídico. De lá pra cá muita coisa aconteceu. Nós tivemos vários embates políticos nesse período, uma turbulência política muito grande em vários momentos do clube, num período em que havia um debate entre Gilberto Medeiros e José Asmuz, duas lideranças que nós tínhamos. Depois com o surgimento do Inter 2000, José Asmuz contra, apoiado pelo Gilberto Medeiros, num primeiro momento, e depois surgimento de um outro movimento de interação. Não sei se isso foi bom ou ruim, em determinados aspectos foi bom, principalmente depois que surgiu o Interação 2000, acho que foi bom o surgimento desse movimentos, porque indicaram de uma forma ou outra um caminho, através da crítica, e o clube acabou se aperfeiçoando. Depois eles se tornaram o poder, não conseguiram ter bons resultados, uma projeção que não produziu avanços para o clube além desses avanços de conscientização e de uma forma de gestão. Então eu acho que, basicamente, neste período, principalmente até o ano de 92, 93, por aí, 94, foi um período de turbulência política no clube. O clube perdeu densidade de conceitos, porque houve praticamente um único grupo que comandou o clube, e esse grupo acabou não avançado em termos de gestão principalmente.

Eu queria que o senhor fizesse uma análise da importância histórica e até social do Inter para Porto Alegre e o estado nesses 100 anos.
Eu sou suspeito pra falar, porque meu primeiro assunto pela manhã e meu último assunto à noite é o Internacional. Assim como eu, tem milhões de pessoas. Desde 1961 eu acompanho o Inter diuturnamente. Consequentemente, eu acompanho o Grêmio também, porque nós temos nossa rivalidade, dualidade regional, e então o acompanhamento do esporte, e eu cito aí as duas agremiações, exatamente por isso, um é tão grande em função do outro. O Internacional tem uma importância que dá pra ver agora, nós não conseguimos chegar em nenhum lugar no RS sem dúvida [sem ter gente nos esperando], e na maioria dos lugares que a gente vai no Brasil sempre tem gente e comitiva nos esperando, em carreata, recepção calorosa. As notícias do Inter repercutem amplamente, qualquer coisa que acontece aqui, uma simples reclamação de um jogador que é substituído passa a ser assunto a semana inteira, em todos os lugares. Eu por exemplo, que tenho hoje uma visibilidade por estar trabalhando no clube, por ter presidido o clube por cinco anos, onde eu chego o assunto do dia comigo, em qualquer situação, com o porteiro, garçom, pelo consumidor do bar, pela pessoa que está jantando no restaurante, na fila do banco, enfim, no estacionamento, em qualquer lugar, as pessoas me abordam, porque o Internacional é um assunto palpitante. Sem dúvida nenhuma é parte integrante da vida gaúcha.

O Inter abriu a porta para os jogadores negros nos anos 20. Pelo menos no imaginário do torcedor e do conhecedor do futebol de fora do RS, é uma coisa que marca muito a imagem do clube. Como o senhor compararia essa paixão pelo Inter e a paixão pelo Grêmio neste ponto de vista, de ser um clube mais aberto ao povo?
Não, isso aí hoje acabou, porque o Grêmio a partir da década de 50, até contratando um ídolo do Inter, Tesourinha, acabou com essa questão racial. O Internacional surgiu exatamente em função da existência do Grêmio, que era um clube que descriminava. Era um clube formado por alemães e naquela época, 100 anos atrás, cento e pouco anos atrás, os alemães tinha determinada descriminação, contra judeus, contra negros, contra raças tidas como inferiores. Hoje isso não é uma coisa marcante, a não ser quando estamos levando para o lado da nossa rivalidade. Quando a gente quer tocar uma flauta nos gremistas a gente fala sobre isso, mas hoje não é uma coisa marcante, e eu nem gosto de falar sobre isso. Até porque o Grêmio hoje tem, entre seus torcedores, vários negros, judeus, hoje isso praticamente acabou. Mas, quando a gente discute a questão da arrogância, da soberba, nós voltamos lá atrás, naquela época que o Grêmio discriminava e não tinha em seus quadros todas as raças, todos os credos.

Falando um pouco mais de história. O que na sua opinião permitiu que o Internacional nos anos 70 montasse aquele time que se tornou dominante no país?
Eu como torcedor assisti à montagem daquele time. Aquele grande time não começou com Manga, Cláudio, Figueroa, Marinho, Vacaria, Caçapava, Falcão, Batista, Carpegiani, Falcão, Claudiomiro, Flávio, Lula. Ele começou lá com Gaineti, Laurício, Luis Carlos, Escala, Sadi, Elton, Lambari, Dorinho, Valdomiro, Claudiomiro, Sérgio e Bráulio. Ele começou lá atrás, e foi a partir de 1969 com a inauguração do Beira-Rio, quando os mandarins, um grupo de colorados que pensaram o futebol, que planejou esse departamento e implementou algumas ideias que até hoje a gente copia. Naquela época eles já padronizaram as categorias de base, tinham um estilo de futebol. Pretendiam que todas as equipes de setor jogassem igual a equipe principal, futebol de competição, futebol feio às vezes, mas competitivo, de resultado. Com base nessa filosofia, nas gestões seguintes, ele agregou qualidade e passou a ter a partir de 74 os maiores times da história do Internacional e do próprio futebol brasileiro. O time de 76 ganhou um Campeonato Brasileiro com 82% de aproveitamento. O time de 79 ganhou o Brasileiro sem perder, o time de 74 ganhou um gauchão vencendo todos os jogos, então houve na história do clube períodos como esses. Ganharam todos os jogos, simplesmente não perderam nenhum ponto, 100% de aproveitamento, e isso foi fruto de um planejamento, de um trabalho, e acima de tudo de uma consciência de que futebol se faz para competição, futebol se faz pela participação de todos, pelo coletivo. Claro que com craques, mas que trabalham em proveito do coletivo. Essa é a filosofia que eu pessoalmente, junto com os companheiros que estavam comigo de 2002 em diante, pretendemos implementar e acabamos implementando. O Internacional foi campeão do mundo pensando assim, futebol de marcação, forte, compacto, futebol coletivo, com uma, duas três estrelas trabalhando competitivamente, não baseado no estrelismo de cada um. Eu penso que futebol se faz assim. Naquela época o Internacional estabeleceu essas regras, cumpriu, e por isso chegou aos títulos que chegou.

Por que o programa de Sócio Torcedor do Inter e do Grêmio deu tão certo e em outros estados programas similares não? É uma questão do perfil do torcedor ou foi feita alguma coisa diferente aqui que desse certo?
Olha, se nós formos pesquisar o que foi feito, primeiro eu acho que não dá pra comparar o sistema do Inter com o sistema do Grêmio, nós estamos muito mais avançados, modéstia à parte, não só em número, porque nós temos o dobro do que o Grêmio em associados, ou mais que o dobro, e quando eu vejo essa correlação, eu fico... revoltado eu não fico, mas gosto de fazer a ressalva, não dá pra comparar uma coisa com a outra. O Grêmio é uma coisa e nós somos outra coisa, nessa questão da torcida e na questão do quadro social. Nós fizemos a partir de 2002 várias ações principalmente de marketing, que não se basearam em campanha, mas em pequenas ações que buscaram trazer o torcedor colorado para dentro do clube, pra fazer com que ele se tornasse sócio. Uma das coisas que nós fizemos foi a visita colorada, ou seja, 25 associados eram sorteados toda terça-feira, vinham ao Beira Rio para fazer uma visitação de quatro horas, terminavam na sala do presidente, e ali durante uma hora faziam críticas, sugestões, pedidos. Quando terminava esse encontro eu pedia para que cada um dissesse se achava que aquela atividade era boa, proveitosa para eles, para que eles indicassem, cada um deles, dois sócios, pra poder participar de uma associação como aquela, desde que estivesse em dia. Além disso passamos a sortear dois torcedores para viajar com a delegação. Durante a semana, dez torcedores eram sorteados para falar com o vice de futebol, durante os jogos nós sorteávamos a bola do jogo, a camisa do melhor jogador, enfim, várias coisas foram feitas. A partir disso, nós passamos de 10 mil pra 15 mil, de 15 pra 20, daí pra 30, tudo isso aliado ao fato de que o time começava a ganhar dentro de campo.. Começamos a modernizar o Beira Rio. A primeira coisa que foi feita sem dinheiro foi pintar o estádio, que ficou com outra cara, com cara de limpo. Até que na Libertadores da América de 2006, eu me lembro que além de ter o sócio contribuindo e presente nos jogos, era importante ter o sócio auxiliando o time, incentivando os jogadores, e já passamos por várias decisões em casa com derrota, e isso acabava criando uma grande animosidade, então nós contratamos uma agência (agência E21), pra resolver esse problema. Contei essa história, que estou contando aqui para os seus leitores, “olha, nós chegamos na hora da decisão e ninguém acredita que a gente vai ganhar, chega na hora da decisão, no primeiro lateral mal batido já começam as vaias, então, pô, o jogador tem que ter tranquilidade, precisamos resolver isso, e eu quero que vocês façam uma campanha para que isso seja resolvido”. E aí nós fizemos uma campanha, que se denominou “agora é guerra”, e com essa campanha, a torcida começou a vir para o jogo, incentivar o time, associar mais pessoas, e foi uma coisa que foi puxando a outra. Nós acabamos tendo na final da Libertadores 55 mil pessoas, até o final torcendo, incentivando, acreditando. Teve um jogo que foi marcante. Contra o Pumas, a gente estava perdendo por 2 a 0 em casa, uma decisão pra passar de fase, e a torcida acreditou até o final, viramos o jogo no último minuto, ganhamos por 3 a 2. Em cima dessa campanha, eu me lembro que eu mandava torpedo para os associados que tinham celular cadastrado na casa. O Fernandão fazia apelo pelas emissoras, o Clemer, Vitório Piffero. Nós nos mobilizamos de tal maneira que foi construído um inconsciente coletivo positivo.

Antes desse título de 2006, teve o vice-campeonato de 2005. Naquele momento faltou maior ingerência política junto à CBF, junto aos poderes do futebol?
Eu vou dizer sinceramente, não gosto de falar do ano de 2005. Porque muitas coisas foram ditas, muitas conjecturas foram feitas, e eu confesso que não gosto de falar. Aquilo ali serviu como um elixir para que tivéssemos a força que tivemos para ganhar a Libertadores e o Mundial. Mas que não ficou bem, não ficou bem. O Internacional já concordou com a decisão do tribunal, por escrito, já mandou declaração pra Fifa dizendo que tinha concordado, mas até hoje eu te digo, não foi uma decisão acertada. Estou falando em questão jurídica. Juridicamente foi uma decisão errada, o fato de eles anularem os 11 jogos não estava de acordo com o que determinava a CBF. Então aquilo ali pra mim foi o principal, pois nos fez sair do primeiro lugar para o terceiro, até a gente se recuperar disso, demoramos algum tempo. Empatamos o primeiro jogo, perdemos o seguinte... além disso, o Corinthians teve chance de jogar seis pontos que ele havia perdido, e ganhou quatro, na segunda oportunidade. Então várias coisas aconteceram que com certeza nos prejudicaram. Além disse houve erro de arbitragem. O jogo do Juventude ninguém fala, o Alício Pena Junior expulsou jogador nosso, deu pênalti pro Juventude que não foi, mandou bater de novo depois da defesa do Clemer, enfim, cosias que hoje não aparecem. Depois do jogo do Márcio Rezende de Freitas. Não estou querendo aqui falar da honorabilidade de ninguém, quero deixar bem claro, aconteceu, mas na verdade foram muitas coisas ao mesmo tempo naquele campeonato que acabaram nos tirando um título que tinha que ser nosso, pela organização, pelo que nós mostramos, pelo trabalho que foi feito pelo Muricy, que é um treinador espetacular, enfim... Mas eu falo desses registros sem adjetivo nenhum, mas certamente é uma coisa que eu não gosto de falar.

O senhor citou o Fernandão e o Clemer. Hoje só o goleiro continua no clube. O ídolo não consegue mais ficar no time, a não ser que ele seja goleiro? Por que que isso tem que acontecer?
Não, não vejo essa relação. Eu acho que hoje o futebol é diferente. Quando tu falou do time de 75/76, nós tínhamos jogadores ali que ficaram, quatro, cinco, seis anos – o Valdomiro chegou a ficar mais de 10 anos aqui... Claudiomiro vários anos, Figueroa cinco, é que naquela época havia uma organização e sistema diferentes. Hoje, se se faz um contrato de cinco anos com o jogador, a partir do terceiro ano, se tu não renovar o contrato, tem que vender, se não o jogador vai embora, vai caminhando embora, então acontece que o prazo médio de um atleta num clube é três anos. Se ele tem idade, como é o caso do Fernandão, acaba saindo um pouco antes. Se ele é jovem, ele fica um ano, estoura, e vai embora, porque daí o clube precisa de dinheiro. Então hoje nós vivemos um momento novo, um cenário novo. Infelizmente o Internacional se deu conta desse cenário na frente dos demais, porque a partir de 2002, 2003, percebemos que precisávamos fazer contratos novos, mas que tínhamos que vender um jogador por ano. Se vendesse um por ano, além de pagar nossas contas, poderíamos repatriar jogadores, como naquela época o Fernandão, Jorge Wágner, Tilnga, e aí eles acabaram vindo e dando uma resposta extremamente positiva. Agora estão fazendo a mesma coisa, ano passado veio o Bolívar, o Álvaro, chegou o D’Alessandro, hoje nós já estamos num outro patamar, podemos investir valores mais altos do que poderíamos investir naquela época, fruto dessa política. Tem que haver uma troca gradativa. Três jogadores num ano, dois no outro, temos que manter uma base, 70% no mínimo. Pode ver que nós temos jogadores jovens, sete ou oito de Seleção Brasileira de base. Se pegar nosso time, temos o Danilo Silva, Aílton, Sandrão, Walter, Talles Cunha, Juliano, Tales Tarja, Marinho, jogadores de seleção da sua idade, e estão aqui exatamente porque nós pretendemos que eles fiquem de três a cinco anos. O Daniel Carvalho em dois anos foi embora, o Sóbis um ano e meio e foi embora, porque era necessário a venda desses atletas para que a gente pudesse manter o clube. Temos um setor aqui que acompanha só isso, mercado exterior. Então a gente sabe quando termina contrato. E é por isso que de repente a gente traz um Alecsandro, traz um Álvaro, um Magrão, porque a gente tem um acompanhamento permanente.

O senhor falou que o Inter continua tendo que vender um jogador por ano. Isso pode mudar?
Primeiro, nós não queremos deixar de vender um jogador por ano, isso é estratégico. Nós vendemos o Alex, já tínhamos o Talles, Taison, e já tínhamos contratado o Alecsandro. Já que o Alex estava jogando de meia-atacante. Lá atrás, quando nós íamos vencer o Guiñazu, veio o D’Alessandro e veio o Daniel Carvalho. Então a gente sempre procura projetar com antecedência todas as nossas ações. Agora nós temos o Leo, o Marquinhos, que são atacantes de primeira linha, estão fazendo um trabalho físico especial, então tem que sair alguém pra que eles possam aparecer. Se não for feita a venda, esses jogadores acabam emperrando a carreira, se eles não jogarem eles acabam ficando por aí e não se revelando. A ideia que nós temos é exatamente essa, é continuar mantendo esse sistema. Quanto à parceria, é uma ação de êxito, que nós já fizemos outras vezes, e vamos continuar fazendo. Hoje por exemplo nós temos o D’Alessadro com parceria, Juliano, Danilo Silva, o Nilmar tinha uma parceria com o próprio jogador, e agora acabou comprando todos os direitos dele e tem 20% como parceiro, mas ainda é uma parceria pequena. Então hoje isso é extremamente necessário, mas nós fizemos isso sem perder o mando do jogador. A decisão da venda é sempre do Internacional.

Não dava para segurar mais o Alex?
Estava na hora dele sair, o Edinho também. Se o Edinho não saísse, o Sandro emperraria a carreira. O Taison também é outra realidade, então, se o Alex não saísse, a carreira do Taison não teria o avanço que teve. Eles até estavam jogando juntos, mas dentro de uma alternativa do treinador, mas na verdade a venda do Alex foi importante para nós financeiramente e tecnicamente, para poder surgir o Taison no mercado.

O Internacional foi campeão do mundo em 2006, depois em 2007 não teve uma campanha boa na Libertadores, e todo mundo imaginou que 2008 seria um ano excelente. Desde 2006, o que está faltando pro Inter realizar esse potencial?
Bem, nós, a partir da metade do ano passado, houve um grande problema na questão do grupo campeão do mundo. Ficamos na dúvida, vamos desfazer o grupo, vamos manter, ou não, mas aí o jogador já conseguiu tudo, e aí ele não tem mais o mesmo para as grandes competições, e aí ficamos naquela dúvida, naquele duplo caminho. Isso acabou nos afetando. Ano passado nós realmente fizemos uma reestruturação no nosso grupo, compramos vários jogadores, o Tite foi contratado, até após a saída do Abel, que pretendíamos que continuasse conosco, mas infelizmente não deu. Com a contratação do Tite as coisas demoraram a se ajustar, mas quando se ajustaram, o Internacional foi campeão sul-americano, enfrentando Boca, Grêmio, Chivas, Estudiantes na final, clubes de primeira linha. Então a gente meio que desaprumou logo depois do Mundial, mas logo depois da metade do ano passado já se aprumou de novo.

Hoje em dia se fala muito que no Brasil em breve vai haver muito menos times grandes. Considerando esse centenário, gostaria que o senhor projetasse os próximos cem anos. O que o senhor acha que vai acontecer com o Colorado?
Primeiro, eu espero estar lá para o próximo centenário, para torcer pelo meu clube. Certamente, se falava em alteração no estatuto do torcedor, e o modelo, os critérios adotados são os do Internacional. E a exposição de motivos tem uma referência ao nosso clube, o que é um motivo de muito orgulho, na questão do cadastramento, de associados, de torcedores. Então eu acho realmente que a gente está trabalhando para isso, nós tínhamos uma gestão que começou em 2002 e de lá pra cá houve uma continuidade. Isso é básico, esse planejamento começou lá e foi feito antes de assumirmos o clube, e está sendo implementado dia a dia. Os resultados estão aí e a tendência é crescimento, não tenho dúvida nenhuma, que a tendência é crescer cada vez mais, exatamente porque está adotando e cumprindo rigorosamente o que planejou. Encontrou essa fórmula de gestão, trazendo associados, tendo novas receitas de marketing, valorizando patrimônio, usando categorias de base, vendendo um ou dois jogadores por ano, trazendo jogadores que estão fora do mercado brasileiro e que estão querendo retornar, mas ainda têm condição de dar grande resposta. Essa simbiose toda eu vejo nos próximos anos como uma forma adequada de gestão, que vamos seguir por aí. Temos tudo para participar deste seleto que grupo que estão preconizando.


Do site da revista Trivela.

terça-feira, 7 de abril de 2009

A fera em seu território

FICHA


Elías Ricardo Figueroa Brander
Nascimento: 25/outubro/1946, em Valparaíso, Chile

Carreira: Unión La Calera-CHI (1964), Santiago Wanderers-CHI (1965 e 1966), Peñarol-URU (1967 a 1971), Internacional (1971 a 1976), Palestino-CHI (1977 a 1980), Fort Lauderdale Strikers-EUA (1981) e Colo-Colo (1982)

Títulos: Campeonato Uruguaio (1967 e 1968), Campeonato Brasileiro (1975 e 1976), Campeonato Gaúcho (1972, 1973, 1974, 1975 e 1976), Campeonato Chileno (1978) e Copa do Chile (1977)

Postado em 7/4/2009 às 15:08 por Dassler Marques

Figueroa, um dos maiores da história do Internacional

“A grande área é minha casa e na minha casa só entra quem eu convido”. A frase célebre de Elias Ricardo Figueroa Brander contrasta a personalidade do zagueiro com a do homem, embora ambas tenham conquistado cada um dos milhões de torcedores colorados no Brasil.

Em campo, Figueroa foi o maior zagueiro da história centenária do Internacional e anulou qualquer atacante que ousasse ameaçar a incrível hegemonia colorada nos vermelhos anos 70 do futebol brasileiro. Fora dele, uma personalidade agradabilíssima, educada, atenciosa e que nunca negou seu amor ao Brasil, ao Rio Grande do Sul e, particularmente, aos torcedores do Inter.

Em seis temporadas no futebol brasileiro, Don Elías Figueroa, como é chamado até os dias atuais, conquistou cinco títulos gaúchos, dois nacionais e ainda foi três vezes eleito o maior jogador da América do Sul, além de outras duas o principal zagueiro do planeta. Jamais perdeu para o Grêmio. E se transformou em um dos maiores ídolos da história do Internacional e, talvez, no caso de maior sucesso de um estrangeiro no futebol brasileiro.

Como se sente na história do Internacional?
Me sinto muito feliz. O Inter e o torcedor colorado moram no meu coração. Cheguei quando era um clube grande, mas faltava um time. Consegui muitas coisas, fiz o gol do primeiro título nacional e entramos para a história. A lembrança que tenho é belíssima.

A década de 70 foi a mais vitoriosa da história do Inter. Como foi fazer parte do clube nessa época?
Em nível local, ganhamos todos os títulos estaduais e um bicampeonato nacional. Fizemos do Inter um time conhecido e realizamos excursões pela Europa, o que ainda não acontecia. Passou a ser um time reconhecido, cedeu jogadores para a Seleção Brasileira. Além disso, saíram da base jogadores que deram orgulho para a torcida e, ter participado disso, também é um orgulho muito grande.

Como vê o fato de ter superado o histórico time do Rolo Compressor?
Sempre falavam dessa equipe e realmente acho que fomos fazendo a história do Inter. Com todo o respeito, acho que conseguimos mais. E com certeza alguém vai nos superar também no futuro.

Como você recebeu a proposta para jogar no Internacional? O que sabia sobre esse clube?
Eu jogava no Peñarol e viemos participar da inauguração do Beira-Rio. Jogamos e vimos que o clube tinha um estádio grande, mas não o conhecíamos. Aí o Peñarol passou por uma crise e eu estava para ir jogar no Real Madrid, mas naquela época não pagavam na Europa como se paga hoje. Então, jogar no Brasil me deixava mais perto da família, que morava no Uruguai, e era quase o mesmo dinheiro que se ganhava na Espanha. Além disso, o futebol brasileiro era tricampeão do mundo e tinha jogadores como Pelé, Rivelino, Ademir da Guia, Paulo César Caju, Brito e Piazza. Por tudo isso, preferi o Inter.

Foi uma escolha muito feliz, não?
Sim (risos). Foi a melhor escolha que fiz em minha vida. Ainda me sinto gaúcho, um embaixador do Brasil e da gente do Sul, por todo esse carinho que sempre me mostraram. Até os gremistas sempre tiveram muito carinho por mim.

Falando mais sobre essa rivalidade centenária. Como é sua relação com o Grêmio?
Acho que sou o zagueiro que mais fez gols no Grêmio. Ninguém pode desmerecer que é um grande clube e senti sempre muito respeito pelo torcedor gremista. Sempre reconheci como grande clube, só que estivemos em um melhor momento no Inter.

Você apontaria um Gre-Nal inesquecível?
Todos são inesquecíveis. Teve um em que fiz um gol de bicicleta dentro do campo do Grêmio. São gols e jogos inesquecíveis, por tudo que se vive na semana anterior a na semana seguinte. Afortunadamente, nunca perdi para os gremistas, então eram sempre semanas muito boas (risos).

Qual seu título mais marcante no Inter?
O título mais marcante foi ser campeão nacional em 1975. Além disso, ser três vezes escolhido o melhor jogador da América e outras duas o melhor zagueiro do mundo.

E a maior alegria e a maior dor com a camisa colorada?
A maior alegria foi o gol contra o Cruzeiro, que nos deu o primeiro título nacional. Ninguém vai repetir, porque não terá outra primeira vez. Foi o famoso gol iluminado. Senti que era gol quando testei a bola e vi um mar vermelho se levantando. Foi um momento inesquecível, que tenho guardado em mim. Esse mar gritando gol. A tristeza é não ter ganho uma Libertadores. Naquela época, o mais importante era o título estadual e o brasileiro.

O que representa um clube de futebol completar 100 anos?
Poucas instituições chegam ao centenário e o Inter chegou. É um clube querido e é muito importante chegar aos 100 anos como o Inter chega. Na melhor forma, em um grande momento. Todo colorado deve se sentir orgulhoso disso.

Que avaliação faz desse momento do clube?
O Inter esteve em um momento melhor como campeão do mundo e hoje está também na briga. Por causa de todos que passamos por lá, se tornou um time muito respeitado. E esse centenário só reforça tudo isso.

Como foi torcer pelo Inter nos difíceis anos 90?
Como um bom colorado, sofri muito. Mas depois fiquei feliz com os títulos que foram conquistados.

É possível ter ídolos como você no futebol de hoje?
Hoje em dia é difícil. Os jogadores ficam muito pouco tempo. Em todos os anos no Inter, nunca quiseram me vender e o clube caminhava com a torcida. Hoje o profissionalismo faz com que o jogador dificilmente passe mais de duas temporadas em um clube.

Você se identifica com algum jogador atual do Inter?
Destacar um só não é justo. Mas o Índio, que faz vários gols, é um jogador muito representativo.

Aliás, como vê a safra atual de zagueiros?
Gosto muito dos brasileiros e o Brasil sempre teve bons zagueiros. Acontece que do meio para cima sempre teve muitas grandes figuras e por isso não notavam o resto. Gosto do Índio, que se sustenta bem sem ter um tamanho grande para zagueiro. E também do Lúcio e o Juan. Em nível mundial, não tem um completo. Gosto do Rio Ferdinand, mas sinto que falta mais coisas nele. Quiçá eu seja exigente demais com isso (risos).

Na vitória por 3 a 0 sobre o Chile em Santiago, no ano passado, ficou a impressão de que os zagueiros chilenos não são bons. É verdade?
Nesse dia, o Chile jogou com três zagueiros, mas dois deles eram volantes. O Fierro e o Estrada. Foi mais um equívoco, pois o Brasil tem jogadores altos na frente, zagueiros também altos. E esses dois são muito bons volantes. Mas não são zagueiros.

Como você analisa o Dunga na Seleção Brasileira?
O Dunga é uma pessoa séria, que às vezes se afastava um pouco do futebol brasileiro. Mas foi um grande jogador e sempre que há mudanças, é preciso se adaptar. Acredito nele e em uma grande campanha com o Brasil, que mantém os melhores jogadores do mundo.

Os brasileiros ficaram impressionados com o Lucas Barrios, do Colo-Colo, que brilhou na vitória sobre o Palmeiras na Libertadores. É um jogador especial?
É um jogador que está sendo um dos melhores goleadores do mundo. Chegou ao Chile sem ser uma grande figura e hoje já fez muitos gols. Ele tem um tamanho muito bom e é forte e preciso dentro da área. Acho que hoje pode jogar em qualquer clube do mundo.


Do site da revista Trivela.

domingo, 5 de abril de 2009

Internacional 2x1 Grêmio




Internacional 2x1 gfpa
Lauro; Bolívar, Índio, Álvaro e Kléber; Sandro, Magrão (Marcelo Cordeiro), Guiñazu e Andrezinho (D'Alessandro); Taison e Nilmar (Alecsandro).
Técnico: Tite.
Victor; Thiego, Léo e Rafael Marques; Souza, Réver, Adilson (Makelele), Tcheco e Fábio Santos; Jonas (Maxi López) e Herrera (Reinaldo).
Técnico: Celso Roth.
Gols: Tcheco (G), de pênalti, aos 19min do primeiro tempo, Andrezinho (I), aos 33min do primeiro tempo, Índio (I), aos 32min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Álvaro, Kléber (I); Thiego, Souza, Jonas e Réver (G). Expulsões: Taison (I) e Rafael Marques (G).
Arbitragem: Leonardo Gaciba, auxiliado Altemir Hausmann e Julio César dos Santos.
Público: 44.540. Renda: R$ 535.850,00. Local: Beira-Rio, Porto Alegre.

sábado, 4 de abril de 2009

PARABÉNS TORCIDA COLORADA!!!! 100 ANOS!!!!

(...) Agora voltando um pouco ao 4 de Abril. SPORT CLUB INTERNACIONAL, 100 anos. PARABÉNS TORCEDOR COLORADO!!!!!!!!!

O Clube do Povo, que há muito deixou de ser somente do povo gaúcho para se tornar um dos maiores do Planeta. Com quase 100 mil sócios, CAMPEÃO DE TUDO, o Inter é hoje um exemplo de clube de futebol.

Eu tive o privilégio de vestir esta camisa, ou como dizem os colorados… segunda pele. Vivi, em quatros anos, as maiores alegrias da minha carreira. Conquistei vários títulos, 6 no total. Foram 2 Gaúchos(2005 e 2008), 1 Libertadores(2006), 1 Mundial de Clubes(2006), 1 Recopa(2007) e a Copa Dubai(2008). Além de 2 vice campeonatos brasileiro, sendo que o de 2005 nos foi tirado fora de campo(dentro de campo vencemos). Lembro quando o Fernando Carvalho foi à Goiânia para tentar me contratar. Naquela oportunidade me falou do projeto de colocar o Inter entre os maiores clubes da América. Dois anos e meio depois o colocamos entre os maiores do Planeta.

Hoje sou colorado, minha família é colorada, muitos dos meus amigos são colorados. O Inter é isso, quem experimenta ser colorado por um dia, se torna para sempre. É muita PAIXÃO!!!!!!

Por tudo que passei, por tudo que conquistei, por tudo que me proporcionou, pela maneira que fui tratado pelo povo gaúcho, muito mais que desejar FELIZ ANIVERSÁRIO tenho que dizer MUITO OBRIGADO S.C.INTERNACIONAL.

VAMU, VAMU, INTER!!!!!

PARABÉNS PELOS 100 ANOS DE GLÓRIAS. CAMPEÃO DE TUDO!!!!!

Abraços a todos, BOA FESTA e até amanhã.

Fernando

Do blog do Fernandão.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Internacional, 100

Naquela noite de 1969, nos Eucaliptos, Tesourinha e Carlitos viram as luzes se apagando no estádio. Foram até as goleiras, retiraram as redes do velho campo colorado, e deixaram nuas as traves naquelas trevas. Era a última cerimônica antes da inauguração do Beira-Rio. Onde iniciaria o ciclo vitorioso e virtuoso que começou com um Falcão imperial nos anos 70 e acabou num Gabiru iluminado na noite japonesa e mundial, em 2006.

Ficou tudo escuro nos Eucaliptos no último ato da velha cancha naquele entrevado ano brasileiro de 1969. Em 14 de dezembro de 1975, a tarde de Porto Alegre estava cinza. Até um raio de sol iluminar a grande área onde o ainda maior Figueroa subiu para anotar o gol do primeiro dos três Brasileiros da glória do desporto nacional naqueles anos 70. O maior time do país em uma das nossas melhores décadas. O melhor campeão brasileiro por aproveitamento, no bicampeonato, em 1976. O único campeão invicto nacional, em 1979.

0 Internacional centenário. O clube da família italiana Poppe que deixou São Paulo para fazer a vida em Porto Alegre, em 1909. Tentaram jogar bola no clube alemão – não deixaram. Tentaram jogar tênis, remar, dar tiro – não deixaram. Então, juntaram um time de estudantes e comerciários para fazer um clube que deixasse entrar gente de todas as cores e credos. Dois negros assinaram a ata. O primeiro “colored” da Liga da Canela Preta (Dirceu Alves) atuou pelo clube em 1925, enquanto o rival só foi aceitar um negro em 1952 – justamente o Tesourinha, glória gaudéria nos anos 40, na década do Rolo Compressor que durou 11 anos, e dez títulos estaduais.

Inter que ergueu estádios com o torcedor que vestiu a camisa, arregaçou as mangas, e construiu arquibancadas de cimento armado e amado. Inter que apagou as luzes dos Eucaliptos para acender um gigante no Beira-Rio e ascender aos maiores lugares de pódios brasileiros, sul-americanos e mundiais. Superando potências e preconceitos, fincando a bandeira colorada da terra gaúcha no gramado do outro lado da Terra, vencendo um gaúcho genial como Ronaldinho e um Barcelona invencível aos olhos da bola.

Mas quem ousa duvidar da pelota que peleia? Dizem que o futebol gaúcho só é duro, só é viril. Diz quem não viu o Inter de Minelli, fortaleza técnica, tática e física. O Rolo inovador no preparo atlético e no apetite por gols. O futebol que ganhou o mundo em 2006 marcando como gaúcho, e contra-atacando como o alagoano Gabiru. Campeão com gringos como Figueroa, Villalba, Benítez, Ruben Páz, Gamarra, Guiñazú e D’Alessandro, com forasteiros como Fernandão, Valdomiro, Manga, Falcão, Bodinho, Dario, Larry, Lúcio, Nilmar, Mário Sérgio, gaúchos como Tesourinha, Carlitos, Oreco, Nena, Taffarel, Carpegiani, Chinesinho, Batista, Mauro Galvão, Dunga, Flávio, Paulinho, Claudiomiro, Jair.

Tantos de todos. Nada mais internacional. Poucos como o Internacional centenário. Aquele time de excluídos que, em 100 anos, hoje tem o sétimo maior número de sócios do planeta. São mais de 83 mil que têm mais que uma carteirinha. Eles têm um clube para amar que não depende de documento. Números e nomes não sabem contar o que uma bandeira vermelha pode fazer à sombra de um eucalipto. Uma bandeira vermelha pode ensolarar um estádio apagado, uma tarde cinzenta, e o mundo na terra do Sol Nascente. Aquele que iluminou Figueroa, aquele que inspirou Gabiru, aquele que neste 4 de abril vai nascer mais vermelho.

por Mauro Betting

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Internacional 3x0 Avenida




Internacional 3x0 Avenida
Michel Alves; Arílton, Danilo Silva, Danny Morais e Marcelo Cordeiro; Maycon (Paulinho), Glaydson, Rosinei e Giuliano (Talles Cunha); Walter (Leandrão) e Alecsandro.
Técnico: Tite.
Fabiano; Teda, Rudi e Rodrigo Dias; Alexandre Bindé, Riopardinho (Anderson Catatau), Carlos Eduardo, Cinval e Marciel; Alexandre (Edson) e Magno.
Gols: Walter (2,I), aos 20min do primeiro tempo e aos 27min do segundo tempo, Alecsandro (I), aos 46min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Rodrigo Dias, Carlos Eduardo (A), Arílton (I).
Arbitragem: Márcio Coruja, auxiliado por Alexandre Kleiniche e Vimar Burini.
Local: Estádio Passo D'Areia, Porto Alegre.