Alex e seu umbigo

Nem ouvi a tal entrevista "polêmica" que o Alex deu hoje, mas ouvi comentários sobre ele estar deprimido em ter ficado no Brasil e que não se sente mais tão necessário como antigamente.

Primeiro: ele tem uma vida maravilhosa se comparada com a imensa maioria dos outros brasileiros. Ganha o suficiente para comprar dois carros populares. Por mês. A maioria das pessoas, trabalhando duro o ano inteiro, não consegue comprar nem um.
Ele não tem nada com isso, eu sei. Os problemas dele devem parecer enormes pra ele por que são dele. Mas, às vezes, ajuda dar uma olhadinha pra outro lugar além do próprio umbigo e ver que ele pode melhorar a vida do cara que não consegue comprar um carro popular trabalhando duro ano inteiro se ele se mostrar interessado, jogar bem e fizer gols. E se mostrar-se grato pelo amor que a torcida lhe dá.

O segundo lugar vem coladinho no primeiro: ele se sentiria mais necessário se parasse com a auto-comiseração e jogasse o que sabe. Ninguém faz o que ele fez o ano passado por sorte, tem que ter talento. Então, é só ele se empenhar que não vai perder espaço.
Vejam o Nilmar: por mais que ele erre gols, ninguém cogita de tirar ele do time (além de mim, que sou implicante), porque sabe da qualidade que ele tem e da contribuição que pode dar simplesmente estando em campo. Se o Alex colocar na cabeça de dar tudo de si, ir lá e jogar, volta a ser unanimidade, pra seleção, e acaba sendo vendido, como ele tanto quer. Se ficar chorando as pitangas pelos cantos e jogando igual ao que jogou no greNAL, aí vai pra reserva mesmo.

Porém, como eu disse, não ouvi o que ele disse, só os comentários sobre, portanto posso estar passando julgamento sobre a opinião de terceiros. O Alex nunca me pareceu insatisfeito de jogar pelo Inter, nem pareceu ser ingrato. Só parece um pouco desinteressado ultimamente, principalmente após o fechamento da janela de transferências. Mas pode ser só coincidência...

Grêmio 1x2 Internacional

Ganhar greNAL é sempre ótimo, independente das circustâncias.

Nosso time não foi bem no primeiro tempo, reconhecidamente. Tínhamos em campo um time aberto demais e com um dos jogadores de frente parecendo que preferiria estar em qualquer outro lugar, menos ali. Afora isso, ainda não conseguíamos jogar porque era algum jogador do Inter tocar na bola, lá estava um adversário para fazer falta. Essa era a tática deles, que, por mais condenável que seja, é válida, só que também é passível de punição com cartões, coisa que Carlos Eugênio Simon parecia ter esquecido em casa.
Num erro da defesa adversária, fizemos o gol logo no começo, o que pode ter mudado a história do jogo. Aliás, muitos acontecimentos nessa partida poderiam ter mudado a história do jogo, mas se formos ficar presos ao condicional... é melhor ficar com o que realmente aconteceu.
Depois do gol, fomos totalmente pressionados. Por incompetência própria e motivos já mencionados, não conseguimos atacar muito. Por vezes, porém, até atacamos com algum perigo. Apesar do volume de jogo imensamente maior do adversário, eles não foram eficientes para alterar o resultado.

No segundo tempo, Tite tirou o "desmotivado" Alex e colocou Andrezinho em seu lugar e com a alteração o Inter melhorou visivelmente. O meio-campo já não era mais uma avenida aberta para os adversários.
Logo de cara, Nilmar perdeu dois gols em uma única jogada. (Está batendo recordes!) Alternamos momentos de ataque e defesa, e em uma bobeada feia de Índio, tomamos o gol de empate, justamente quando tínhamos emparelhado a partida.
Quando parecia que íamos ter mais um empate nas estatísticas do clássico, o adversário teve uma falta a seu favor, bem próxima a área de Lauro. Mal cobrada, a bola bateu em um jogador do Inter, e num contra-ataque de dois contra dois, os dois do Inter sendo Taison e Nilmar, fizemos o gol do desempate e da vitória.
Nilmar errou gols feitos de novo, mas vou eximir ele de críticas hoje. Não jogou bem, mas fez o que se espera dele, e na hora em que o time mais precisava, portanto merece meu agradecimento.

A arbitragem da partida foi pavorosa. Especialmente por ter sido conivente com a violência. Deixar o jogo correr é uma coisa, aceitar rodízio de faltas sem apresentar o cartão amarelo é outra. Fora as faltas passíveis da apresentação do cartão vermelho.
O adversário teve um mísero erro contra si e se apegou a ele com unhas e dentes, chamando a jogada de "gol anulado". Nem isso foi pois a jogada já havia sido parada antes, portanto tudo o que ocorreu após o apito já não valia.
A verdade é que o jogador deles realmente não estava impedido e se, ao dar-se prosseguimento à jogada sem o apito do árbitro, o gol saísse, seria legítimo. Teria mudado a história do jogo? Provavelmente. Mas, e se Réver tivesse sido expulso ao puxar Nilmar, que claramente ia à direção do gol? Não teria mudado a história do jogo? E se Adílson tivesse sido expulso ao covardemente dar uma tesoura em Nilmar, teria mudado o jogo? E Souza, que chutou a boca de D'Alessandro, com a desculpa de ter errado a bola, se tivesse sido expulso? Eles tem tradição de ganhar dos Náuticos da vida apenas com 7 jogadores em campo. Duvido que ganhassem o greNAL com 8...
Enfim, greNAL sem choradeira no final é quase sem graça, principalmente se vem do vestiário adversário.

Agora, não dá pra se empolgar com a vitória e esquecer as deficiências. Vimos que o grupo, e Tite, principalmente, estão cientes de que ainda há muito a melhorar. greNAL nem é o melhor jogo para detectar problemas pela natureza da partida, mas existem alguns que podem ser vistos e corrigidos com base nesse jogo.
Em breve teremos Copa do Brasil e, apesar das primeiras fases geralmente não serem muito desafiadoras, logo a coisa aperta e precisaremos melhorar se quisermos nos colocar como favoritos ao título.

gfpa 1x2 Internacional
Vitor; Léo, Rever e Rafael Marques; Ruy, William Magrão (Adilson), Diogo (Jonas), Souza, Tcheco e Fábio Santos; Alex Mineiro. Técnico: Celso Roth.	Lauro; Danilo, Índio, Álvaro e Marcão; Magrão, Guiñazu, D'Alessandro (Kléber) e Alex (Andrezinho); Taison e Nilmar (Danny Morais). Técnico: Tite.
Gols: D'Alessandro (I), aos 3min do primeiro tempo, Jonas (G), aos 16min do segundo tempo, Nilmar, (I), aos 37min do segundo tempo. Cartões amarelos: Diogo, Rever , William Magrão, Adilson (G). D'Alessandro, Marcão (I). Arbitragem: Carlos Simon, auxiliado por Marcelo Barison e Paulo Ricardo Conceição. Local: Estádio Colosso da Lagoa, Erechim.

Internacional 4x1 Ulbra

Nosso time reserva mostrou que pode dar conta do recado se os titulares precisarem de um descanso maior quando a Copa do Brasil começar.

Apesar do jogo não ter começado bom para o Inter, com um gol do adversário logo no comecinho, numa falha de Lauro, foi só o tempo da qualidade das individualidades aparecer para o time se organizar melhor e começar a jogar bem. Algumas novidades se destacaram: Kléber fazia sua estreia como jogador do Inter e foi bastante bem, principalmente antes de querer começar a enfeitar. Bolívar vê seu lugar ameaçado por Arílton, que foi muitíssimo bem e pode até começar jogando o greNAL. Glaydson não apareceu muito mas também não se comprometeu. E Marcelo Cordeiro, que não estava estreando no time mas sim ocupando uma vaga no meio, foi ao ataque sempre com perigo.

Não muito depois da Ulbra abrir o placar, empatamos pelos pés de Taison, que cada dia que passa melhora mais seu rendimento. O mesmo Taison marcou o segundo ainda no primeiro tempo e assumiu a artilharia do campeonato com 5 gols.
Na segunda etapa o Inter continuou melhor e ainda marcou mais dois, com Andrezinho e Talles Cunha.

Somos o time de melhor campanha até o momento, com 13 pontos conquistados em 15 disputados. Temos o artilheiro, o melhor ataque e ainda estamos invictos.


Agora a dúvida deve ter se instalado de vez na cabeça de Tite: o que fazer com Taison? Não dá pra deixar o guri no banco, depois das ótimas atuações que vem tendo. Mas tirar quem? Querendo se manter os 3 volantes, sobram só os lugares de Alex, D'Alessandro e Nilmar para ele ocupar. Portanto, excluindo-se fazer um time considerado faceiro demais, a resposta seria tirar um dos três maiores ídolos do time! Por serviços prestados, sairia D'Alessandro, pois, dos 3, é o que está há menos tempo no time; por produtividade, no momento seria Nilmar, que não vem cumprindo muito bem seu papel de goleador. Não consigo ver um cenário onde Alex ficasse de fora. Mas na verdade, sabemos que nenhum dos 3 deve sair do time. O problema é grande! Eu ainda defendo usar somente dois volantes. D'Alessandro vem da Argentina, onde todos marcam todos, portanto sabe como fazer isso e pode ajudar Guiñazu e Magrão a defender. Precisamos que os melhores jogadores joguem! Não dá pra deixar um deles no banco pelo simples medo de perder. Primeiro deve-se pensar em ganhar, e com um quarteto como D'Alessandro, Alex, Taison e Nilmar, quem tem que se preocupar em se defender é o adversário!

Internacional 4x1 Ulbra
Lauro; Arilton (Danilo), Índio, Danny Morais e Kleber (Marinho); Maycon, Glaydson, Marcelo Cordeiro e Andrezinho; Taison (Marquinhos) e Talles Cunha. Técnico: Tite.	André; Jonathan, Dudu, Anderson Seffrin e Emerson Ávila (Júnior); Wanderson (Rogério), Carlos Gavião, Jé e Léo Dias; Bruno Cesar (Tatá) e Lê. Técnico: Beto Almeida.
Gols: Léo Dias (U), aos 2min do primeiro tempo, Taison (2, I), aos 15min do primeiro tempo e aos 36min do primeiro tempo, Andrezinho (I), aos 5min do segundo tempo, Talles Cunha (I), aos 16min do segundo tempo. Cartões amarelos: Anderson Sefrin, Wanderson (U), Kléber (I). Arbitragem: Fabrício Correa, auxiliado por Carlos Selbach e Júlio Espinoza de Freitas. Público: 8.387 (7.349 pagantes). Renda: R$ 87.270,00. Local: Beira-Rio, Porto Alegre.

Uniforme 2009

Foram lançados na noite de hoje os uniformes que serão usados pelos atletas na temporada 2009.

Finalmente nos vemos livres da coroa e temos uma camiseta sem detalhes em branco. O círculo branco, com o nome e data de fundação do clube ao redor do distintivo, não é exatamente lindo, mas ficou melhor do que parecia que ia ficar.

Estamos com uma belíssima camiseta para o ano do centenário.

Album

Internacional 4x0 Sapucaiense

Primeira goleada do ano.

A partida, que já entraria para a história por ser a primeira vez que o Inter enfrentava a Sapucaiense, também contará como a primeira goleada do ano do centenário.

Em campo, um time mais ofensivo, com dois volantes de bom passe, dois meias ofensivos e dois atacantes. Agradou críticos e a maioria quase que absoluta da torcida, mas deixou insatisfeitos alguns dos dirigentes que já o classificam como faceiro demais para o gre-NAL. Uma coisa de cada vez, por favor.

O primeiro tempo ainda foi morno, e o Inter saiu só com 1x0. O gol marcado por Taison foi o terceiro dele no campeonato, colocando-o entre os artilheiros da competição até o momento.

No segundo tempo a melhora foi enorme. Os passes saiam, o ataque envolvia o time adversário, no entanto os erros de finalização continuaram.
O segundo gol era questão de tempo, e, em meio a conversas de transferência, D'Alessandro deu um passe maravilhoso para Alex, que dominou com toda a classe e chutou para fazer um belíssimo gol, que está sendo anunciado pela imprensa como o último dele pelo Inter. (Já estou na fase do "só acredito vendo", pois dia 29/06/2008 a imprensa anunciou a última partida do Alex pelo Inter também...)

Nilmar destravou o fez logo dois. O problema é que quando já está 2x0 fica meio que inútil fazer gols. Não que ganhar de goleada seja ruim, mas o Nilmar precisa ser mais decisivo, acertar mais no arremate quando o time mais precisa, quanto ainda estamos penando para furar uma defesa completamente fechada. O surrado ditado é mais do que válido: errar é humano, persistir no erro é burrice. Ele precisa treinar chutes a gol, e precisa ter a humildade de reconhecer isso. Não é só por ter feito dois que isso mudou.

Internacional 4x0 Sapucaiense
Lauro; Bolívar (Arilton), Índio, Álvaro e Marcão; Magrão, Guiñazu, Taison (Marcelo Cordeiro) e D'Alessandro; Nilmar e Alex (Andrezinho). Técnico: Tite.	Leonardo; Cirilo, Webber e Lacerda; Roan, Pierre, Evandro (Jhon), Jean Paulo (Alex Goiano) e Castiano; Adão (Felipe Cardoso) e Dione. Técnico: Ben-Hur.
Gols: Taison (I), aos 23min do primeiro tempo, Alex (I), aos 9min do segundo tempo, Nilmar (I), aos 29min do segundo tempo, Nilmar (I), aos 40min do segundo tempo. Cartões amarelos: Castiano e Adão (S). Arbitragem: Márcio Coruja, auxiliado por Marcelo Oliveira e Silva e José Eduardo Calza. Público: 13.457. Renda: R$ 154.921,00. Local: Beira-Rio, Porto Alegre.